Nacional-desenvolvimentismo, através da industrialização, é a solução para o Brasil

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Flávio José Bortolotto
As nações industrializadas – especialmente seu líder, os Estados Unidos – tudo fazem para impedir outros países de se industrializarem, isto é “mais velho do andar para a frente”. Portanto, se nós quisermos sair do status de colônia em termos econômicos, será contra os interesses externos, principalmente dos EUA e agora também da China. Foi o que fizeram o grande presidente Getúlio Vargas, e depois também o presidente Ernesto Geisel fizeram, e o próprio presidente Lula tentou, mas de forma desastrada, tanto que o fato de o país agora estar regredindo em termos de autonomia e soberania econômica é conseqüência da recessão causada pelo incompetente (em termos políticos) governo Dilma Rousseff, do PT.
PROGRESSO E POLUIÇÃO – Pregar a descolonização do Brasil significa defender a sua industrialização, com consequente aumento exponencial da poluição, pois uma colônia agride o meio ambiente muito menos do que uma sociedade industrial.
Devemos fazer todo o possível para nos industrializar autonomamente e combater a inevitável poluição da melhor maneira possível.
Só um Brasil industrializado fará ascender socialmente os cerca de 30% de sua população pobre e miserável, e poderá então cuidar bem de nossas crianças, principalmente as mais pobres, e dos idosos.
DOIS CAMINHOS – Existem dois caminhos para fazer crescer a Economia: o nacional-desenvolvimentismo que usa mais o Estado como indutor do crescimento dentro de uma semi-programação (PNDs – Planos Nacionais de Desenvolvimento), e o neoliberalismo, que tende e reduzir o Estado e dá prioridade total aos mercados.
O ineficiente governo de FHC (PSDB) optou claramente pelo modelo neoliberal, tendo a petulância de dizer que ”a Era Vargas acabou”, e produziu um crescimento medíocre, quase não chegou ao fim, se não fosse o brilhante economista Arminio Fraga, depois do qual o PSDB nunca mais ganhou eleições presidenciais e acho que nem ganhará mais.
MODELO CERTO – Claramente, o então presidente Lula e seu vice José Alencar escolheram o modelo certo, o nacional-desenvolvimentismo, daí a sua força até hoje, mas o presidente Lula exagerou no desvio (“comissões”) de recursos públicos no  mensalão, petrolão, fundos de pensão de estatais etc, e usou o crédito e o endividamento público até o limite superior, o que não é sustentável, tendo ” a bomba explodido no colo da ineficaz presidenta Dilma Rousseff.
O presidente Lula, por motivos que não sabemos, também se incompatibilizou com o grande capital internacional (acho que tem algo a ver com Israel–Irã, programa nuclear, bolivarismo etc.), que agora o veta para ser presidente do Brasil novamente.
De toda forma, não dá para votar num candidato que escolheu, a meu ver, o modelo mais certo (nacional-desenvolvimentismo), mas executou quase tudo errado.

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