Antonio Santos Aquino Lula foi o político que teve a maior proteção do Exército em toda a história republicana. Desde os 16 anos já se envolvia nos sindicatos acompanhando o irmão, conhecido como Frei Chico. Seis anos, quando trabalhava na Villares, foi com permissão do regime militar para os Estados Unidos. Em Baltimore, recebeu lições de sindicalismo na Johns Hopkins University. Filiou-se a ALF-CIO (Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais, a maior central operária dos Estados Unidos e Canadá).
Protegido pelos irmãos Villares, foi encaminhado ao general Golbery do Coutto e Silva para ser o líder sindical que iria se contrapor a Leonel Brizola e aos sindicalistas que estavam para voltar do exílio. O militante José Dirceu viria a ser o mentor político do grupo que anos depois criaria o PT.
BRIZOLA DE VOLTA – Com a chegada de Brizola, o “script” foi mudado, porque ele convidou Lula para ajudá-lo a refundar o PTB. E assim Lula, sempre acobertado por Golbery, passa a ser o futuro líder político. Dirceu ficava em segundo plano. Todas as greves passaram a ter Lula liderando. Mas Golbery era informado por antecedência de todos os movimentos.
Em 2002, quando era iminente a vitória de Lula, o general Leonidas Pires Gonçalves, ex-ministro do Exército, veio com o ex-presidente José Sarney aqui no Rio de Janeiro. No Clube Militar, Gonçalves e Sarney respaldaram Lula, que ainda sofria certa desconfiança das Forças Armadas. Sarney está vivo para confirmar. E foi assim que Lula se tornou presidente, como um antiBrizola.
SÓ POR MILAGRE… – Muita coisa eu ainda teria de falar sobre Lula, que agora só por milagre pode sair dessa enrascada da condenação em segunda instância, porque o O PT tem muita gente burra que não sabe se defender. Por isso, não será candidato.
Uma coisa é certa: Lula nunca foi de esquerda. Quando o presidente americano George W. Bush esteve aqui em 2007 , na época do Mensalão, recebia nacos de churrasco na boca, dados pelo amigo Lula. Bush retribuía dizendo que a América do Sul estava garantida tendo Lula como líder. É uma história sem fim.
BOLSONARO – Quanto ao candidato Bolsonaro, ele tem se aproveitado do questionamento do Brizola sobre essas urnas Eletrônicas e está posando de pioneiro na iniciativa de que haja um comprovante impresso do voto, colocado em urna separada, para aferição se houver suspeita de fraude.
A propósito: eu nunca tinha ouvido Bolsonaro falar. Nas redes sociais, assisti ele sendo entrevistado por Augusto Nunes, na TV Veja. Achei-o muito fraco. Ele se prende muito à violência. Falava bobagens e ficava sorridente esperando aplausos de uma plateia sem cultura política, que em algumas vezes delirava.
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