MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de novembro de 2017

Sérgio Cabral pode pegar 372 anos de prisão, mas quanto tempo ficará na cadeia?


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Charge do Mariano (Charge Online)
Deu em O Tempo
Doze meses na detenção, 72 anos de prisão em três sentenças e a possibilidade de, no mínimo, condenações a três séculos de cadeia em 13 denúncias já ajuizadas. Assim o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) completou na última sexta-feira (17) seu primeiro ano preso, enquanto se defende de acusações de crimes por corrupção, lavagem de dinheiro, pertencimento a organização criminosa e evasão de divisas. Ultimamente, sua defesa tem se concentrado em apresentá-lo como vítima de um juiz “parcial” – o titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas – e de “histeria coletiva” em torno de seu nome. Bretas não quis comentar as acusações.
Sérgio Cabral conquistou, em sua reeleição, em 2010, a maior votação já recebida por um candidato ao governo do Estado em primeiro turno: 66% dos votos válidos. Chegou a ser aventado como possível vice na chapa de Dilma Rousseff em 2014. Hoje, ostenta outros “títulos”.
SUPERCONDENADO – Foi o primeiro governador condenado na Lava Jato, por exemplo. Também recebeu a sentença mais pesada da operação – 45 anos e dois meses de cadeia – em processo relativo a propinas em obras como a do Maracanã e as do PAC das Favelas.
O caso Cabral tornou-se ruidoso não só pelas cifras que envolveu. O esquema que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), começou em janeiro de 2007, primeiro mês do primeiro mandato dele como governador, teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão. Também chocou pela exibição da riqueza adquirida de forma escusa, simbolizada pela casa em Mangaratiba, no litoral sul fluminense, avaliada em R$ 8 milhões – e que deve ser leiloada – além das viagens ao exterior e das joias compradas à mulher, Adriana Ancelmo, hoje em prisão domiciliar.
CORRUPÇÃO E GLÓRIA – Filho da classe média carioca, criado no subúrbio, o político que começou a carreira opondo-se a práticas velhas da política, virou colecionador de ternos da grife italiana Ermenegildo Zegna, feitos à mão, sob medida e com o nome do dono bordado na parte de dentro do bolso.
As joias das mais caras lojas do Rio, segundo as investigações, eram para lavar dinheiro. Entre 2012 e 2016, Cabral gastou R$ 6 milhões com anéis, pulseiras, brincos e colares em apenas uma joalheria. Tudo pago em dinheiro e sem nota. “Ele demonstrou uma voracidade muito grande, incomum. Esses valores que descortinamos podem até existir em outras investigações, mas nós conseguimos provar”, disse o procurador Leonardo Freitas, da força-tarefa da Lava Jato no Rio. “O que torna sua organização ímpar é a dimensão que ela teve: praticamente todo o aparato do Estado”, completou.
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