Cerca de 1.500 moradores de Piripá fazem procissão para pedir saída de chefe de polícia. |
Quando
o delegado Florisvaldo Nery da Cruz chegou à pacata Piripá, no Sudoeste
baiano, em maio de 2006, ele pensava em fazer amigos e realizar o
trabalho com apoio da sociedade civil e do Governo do Estado.
Contudo,
mais de dez anos se passaram e ele, hoje com 64 anos, virou para boa
parte dos 12 mil moradores da cidade ‘persona non grata’, alguém que
muitos querem longe do cargo que ocupa.
Nomeado
em 2003, o delegado Florisvaldo passou a atuar em Piripá em maio de
2006 depois de comandar as delegacias de Cordeiros e Guajeru, ambas no
Sudoeste, e com pouco mais de 8 mil habitantes cada uma.
Delegado Florisvaldo está desde 2006 no comando da polícia em Piripá |
Ele
mesmo quem pediu transferência, pois achava, na época, que era melhor
atuar em uma unidade da Polícia Civil vinculada à 10ª Coordenadoria de
Polícia do Interior (Coorpin), sediada em Vitória da Conquista, como é a
de Piripá.
“A
delegacia de Guajeru é vinculada à 20ª Coorpin, de Brumado, e ao menos
na época era muito desestruturada, funcionava em local improvisado, era
uma casa alugada. Já a Corpin de Vitória da Conquista é outra coisa, bem
melhor”, comentou, em conversa com o CORREIO.
Logo
ao chegar em Piripá, o delegado Florisvaldo conta que passou a
investigar supostos atos de corrupção do então prefeito Jeová Barbosa,
que já foi condenado pela Justiça Federal por fraudes diversas na
administração pública local.
Jeová
não foi localizado para comentar sobre a relação dele com o delegado,
que atribui a pessoas ligadas ao ex-prefeito, e ao atual grupo político
que comanda a cidade, um protesto que destruiu a delegacia na madrugada
de terça-feira (31).
O
delegado já foi removido do cargo quatro vezes (em 2007, 2013, 2014 e
2015), sendo transferido para outra cidade, porém, conseguiu reverter a
situação na Justiça em 2016, após conseguir liminar (decisão
temporária).
Em
favor dele, o delegado tem o Ministério Público do Estado (MP-BA),
autor, em 2014, de uma ação civil pública contra o Governo da Bahia,
julgada procedente em 2015. A ação determina, dentre outras coisas, que o
Estado forneça estrutura de pessoal e material para que o delegado
possa exercer as funções. Com informações do Correio 24hs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário