Devido à queda da produção da Bahia, as empresas processadoras de cacau
têm recorrido a importações para atender a demanda mundial de chocolate.
O analista de mercado e especialista na commodity, Thomas Hartmann,
disse em entrevista a um jornal da capital que ao menos 60 mil toneladas
de cacau oriundas de Gana, na África, devem chegar ao Porto do Malhado,
em Ilhéus, entre o final deste ano e início de 2018. Atualmente o
consumo mundial de cacau é de 4,2 milhões de toneladas. Mas tanto a
temporã como a safra principal, na Região Cacaueira baiana, estão muito
abaixo das expectativas, sendo consideradas as piores dos últimos 60
anos. Os produtores dizem que, por conta da estiagem, muitos pés de
cacau se perderam e os frutos não amadureceram. A estiagem foi longa,
quase dez meses, e as plantas e o meio ambiente sofreram muitos danos.
Além de abandonar tratos culturais básicos, como poda, limpeza de área e
adubação, os cacauicultores ficaram sem apoio e crédito nesses 30 anos
após a vassoura-de-bruxa, doença que dizimou 600 mil hectares de cacau,
atualmente produzido em pouco menos de 400 mil hectares. Ao analisar o
panorama do cacau da Bahia, Hartman criticou a falta linhas de
financiamento de bancos oficiais para recuperação da lavoura.
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