Começa no dia 18 de setembro, a Campanha em Defesa dos Bancos Públicos, promovida pelo Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia. O objetivo é chamar atenção da sociedade para os sucessivos desmontes que a Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste vem sofrendo, especialmente desde meados de 2016. A primeira cidade que será mobilizada é Teixeira de Freitas, com atos em frente às agências, além de mídias informando a população sobre a Campanha. Em Eunápolis, Itamaraju e Porto Seguro as mobilizações acontecerão nas semanas subsequentes.
Thomaz Edson Andrade, diretor do Sindicato, diz que a Campanha foi pensada para alertar a população que os bancos públicos trazem emprego e bem-estar: “Somente em Teixeira de Freitas, entre os anos de 2014 e 2016, mais de 2.000 famílias foram contempladas com a casa própria pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, ofertado pela Caixa”, afirma Thomaz. Além do Programa, a Caixa está presente no dia-a-dia da população: FGTS, Financiamentos Imobiliários com taxas de juros reduzida, Financiamento Estudantil, dentre outras.
Recentemente a direção da Caixa publicou normativa que indica abertura de terceirização para atividades-fim da instituição e extinção de concursos públicos. Segundo Carlos Eduardo Coimbra, coordenador-geral do Sindibancários, os Sindicatos já estão organizados para derrubar essas normativas. “O que está havendo é a diminuição do papel dos bancos públicos, o que acarretará em desemprego, aumento do custo de vida e deterioração das condições sociais”, lembra Coimbra.
Nesse terreno de desmontes, o Banco do Brasil também corre risco. Os diretores do Sindicato apontam que a redução de quadro de funcionários e o fechamento de agências já começaram em todo o Brasil. “Querem esvaziar o banco, cortar empregados, fechar unidades e reduzir as funções, viabilizando os interesses do sistema financeiro, de olho no patrimônio público”, alerta Coimbra. Os dados mostram que o Financiamento Estudantil (FIES) – o BB é agente financiador junto com a Caixa – já beneficiou mais de 2 milhões de estudantes; no Extremo Sul da Bahia, somente este ano, mais de 300 estudantes ingressaram nas universidades através do Programa.
Outro banco público que corre riscos é o Banco do Nordeste. A direção do banco anunciou fechamento de agências, reestruturações e programas de desligamento voluntário, sobrecarregando o trabalho bancário. Gildenê Prates afirma que o banco é fundamental para o desenvolvimento regional: “somente aqui no Extremo Sul, mais de 10 mil famílias vivem da agricultura familiar, por causa dos programas de incentivo ao trabalhador rural que o Banco do Nordeste oferece”, ressalta Prates. A luta em favor dos Bancos Públicos deve ser partilhada por toda a população. O Brasil não está à venda.
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