Em uma operação para cumprir mandado de busca e apreensão, emitido pela
10ª Vara Federal de Brasília, a Polícia Federal (PF) encontrou hoje (5)
várias caixas e malas com dinheiro em imóvel na Rua Barão de Loreto, no
bairro da Graça em Salvador, “que seria, supostamente, utilizado por
Geddel Vieira Lima como ‘bunker’ para armazenagem de dinheiro em
espécie”. A operação, chamada de Tesouro Perdido, é decorrente de dados
colhidos nas últimas fases da Operação Cui Bono. De acordo com a PF, “os
valores apreendidos serão transportados a um banco onde será
contabilizado e depositado em conta judicial”. A primeira fase da
Operação Cui Bono foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro deste ano. Ela
investigou esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa
Econômica Federal no período entre 2011 e 2013. De acordo com a
investigação, entre março de 2011 e dezembro de 2013, a
vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição era ocupada por
Geddel Vieira Lima. A investigação da Operação Cui Bono – expressão
latina que em português significa “a quem beneficia?” – é um
desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em dezembro de 2015,
no âmbito da Operação Lava Jato, quando policiais federais encontraram
um telefone celular na residência do então presidente da Câmara dos
Deputados, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que revelou
intensa troca de mensagens eletrônicas entre Cunha e Geddel. A operação
tinha a finalidade de evitar que provas importantes fossem destruídas
por investigados da Lava Jato. Atualmente, Geddel Vieira Lima cumpre
prisão domiciliar. A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de
Geddel e aguarda retorno. (Agência Brasil)
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