O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, afirmou, neste sábado (16), que a polêmica exposição "Queermuseu - Cartografias da diferença na arte brasileira" não vem à capital mineira. Segundo ele, que classificou a mostra como um exagero, é preciso ter cautela para não errar a mão. Kalil desmentiu, ainda, que houvesse cogitado o evento em BH, dizendo tratar-se de uma "mentira deslavada".
"Vamos ser liberais. Eu transito na parada gay, como transito na inauguração de igrejas e assembleias cristãs sem o menor problema. Mas nem de um lado nem de outro vamos exagerar e errar a mão", justificou.
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Alvo de polêmica ao longo de toda a semana, a exposição, que abordava a temática LGBT, questões de gênero e diversidade, foi cancelada em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) sob acusação de desrespeito a símbolos, crenças e pessoas.
Dois lados 
A negativa de Kalil vem cinco dias depois de o secretário de Cultura de BH, Juca Ferreira, vir a público criticando o encerramento da mostra na capital gaúcha. Ferreira confirmou, na ocasião, que havia sido procurado por um gestor cultural próximo ao curador do evento. Disse, ainda, que via a exposição com bons olhos, sem, no entanto, confirmar a intenção de trazê-la à capital.
Alexandre Kalil criticou a mostra. Para ele, houve exagero. "Essa exposição realmente foi um exagero. Erraram a mão e parece que polemizar e agredir tanto a direita quanto a esquerda ficou bonitinho nesse país já tão dividido", afirmou, durante evento realizado neste sábado na Arena Independência, região Leste de Belo Horizonte.
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