A Procuradoria-Geral da República ofereceu nesta terça-feira denúncia
por formação de organização criminosa contra os ex-presidentes Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, por crimes
praticados contra a Petrobras no período entre 2002 e 2016. Também foram
denunciados os ex-ministros Antonio Palocci, Guido Mantega, Edinho
Silva, Gleisi Hoffmann (hoje senadora pelo Paraná) e Paulo Bernardo,
além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que já está preso pela
Operação Lava Jato. Segundo o procurador-geral da República, os
denunciados “integraram e estruturaram uma organização criminosa com
atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente
titularizaram a Presidência da República, para cometimento de uma
miríade de delitos, em especial contra a administração pública em
geral”.
A denúncia inclui apenas parte do núcleo político da
organização, segundo Janot, que era composto também por membros do PMDB
e do PP”, mas a conduta desses agentes públicos, afirma, são objeto de
outros inquéritos. A base da denúncia são as investigações da Operação
Lava Jato, que, de acordo com o procurador-geral, desvendou “um grande
esquema criminoso envolvendo agentes públicos, empresários e operadores
financeiros, voltado para a prática de delitos como corrupção e lavagem
de ativos, relacionados, mas não restritos” à Petrobras. Segundo ele, os
envolvidos formavam uma organização criminosa complexa, estruturada
basicamente em quatro núcleos: político (formado por partidos e seus
integrantes); econômico (empresas que pagavam vantagens indevidas a
funcionários de alto escalão e aos componentes do núcleo político;
administrativo (funcionários de alto escalão da administração pública); e
financeiro (operadores que concretizavam o repasse de propinas).
(Veja)
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