MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Ministro se irrita porque Roraima quer usar a Força Nacional dentro de presídio


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Moraes é um perigo quando abre a boca para dar entrevista
Evandro Éboli e André de Souza
O Globo
O governo de Roraima anunciou em nota que a atuação dos homens da Força Nacional de Segurança Pública no estado se dará “dentro e fora das unidades prisionais”. Durante o dia, 101 policiais da força chegaram em Boa Vista e começaram a atuar na cidade.
MINISTRO IRRITADO – A disposição do governo roraimense em usar a força dentro do presídio irritou o Ministério da Justiça, que, na noite desta terça, reforçou que os policiais não vão agir nessa função e reiterou as palavras do ministro Alexandre de Moraes, emitidas na segunda-feira, de que o uso do contingente é para segurança pública, como policiamento ostensivo, reforço de segurança e fazendo barreiras de contenção.
Na nota, o governo de Suely Campos (PP) diz que o efetivo da FNS (Força Nacional de Segurança) está trabalhando em conjunto com as forças de segurança do Estado fazendo o reconhecimento da Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo) e traçando estratégias. “Ressalta que a atuação será dentro e fora das unidades prisionais do Estado de Roraima” – diz a nota do governo estadual.
Mas o ministro Moraes não gostou e disse que a força não é formada de agentes penitenciários e não pode substituí-los.
EM MANAUS – No Amazonas, os cerca de 100 agentes da Força Nacional que desembarcaram na terça-feira em Manaus farão segurança em torno de apenas um presídio do estado, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde houve a maior chacina. Este ano, 64 presos foram mortos em presídios da capital do Amazonas e 99 em todo o Brasil.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, não justificou porque outros presídios que também registraram mortos, como a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa e a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), também não irão receber reforços.
“Fizemos a divisão de 23 agentes por turno e eles atuarão no Compaj com todos os equipamentos que eles trouxeram, como armas e granada defensiva (granada anti-tumulto). Não vimos a necessidade ainda de pedir ajuda deles com o helicóptero, pois o nosso calhou de ir pra manutenção justo quando tudo isso aconteceu, mas ele já ficou à disposição para caso precise, seja usado” — afirmou Fontes.
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