Por Rafael Albuquerque | Fotos: Bocão News
A tradicional Lavagem do Bonfim acontece
nesta quinta-feira (12) e leva uma multidão de fiéis à Cidade Baixa, em
Salvador. Mas com a Lavagem, chega também a polêmica sobre a
participação dos jegues nos festejos. Há alguns anos o caso estava na
Justiça, mas, depois de o processo ter sido devolvido pelo Supremo
Tribunal Federal, o processo foi decidido.
A Justiça baiana havia concedido liminar
em favor da prefeitura que, por meio de seus procuradores, requereu a
suspensão dos efeitos da decisão liminar concedida pelo Juiz de Direito
da 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital, na Ação Civil
Pública nº. 0000810-74.2011.805.0001.
Apesar dos recursos interportos por ONGs,
o processo voltou e o TJ-BA decidiu pela liberação da participação dos
animais, desde que sob fiscalização da prefeitura para que não haja
abuso ou ato de crueldade. Ainda assim, há uma orientação da Saltur para
que não haja a participação dos jegues “por uma questão de limpeza e de
organização da festa”, afirmou a assessoria de comunicação da
prefeitura de Salvador. O presidente da Saltur, Isaac Edington, comentou
o assunto: "Não recebi nenhum comunicado sobre jegue na Lavagem não. Se
aparecer lá vai ser uma surpresa".
Procurado pela reportagem, o deputado
estadual Marcel Moraes (PV) se posisciona contra a presença dos animais
na festa. "Sou totalmente contra a participação de qualquer animal em
festa pública, visto que a Lavagem do Bonfim o animal não está adaptado
pra enfrentar multidão. Onde tem muita gente há mal trato, até dão
bebidas ou colocam cargas abusivas. Os animais ficam estressados, até pelo som alto", ressaltou.
Sobre tomar medida judicial, ele afirmou:
"eu vou conversar com o prefeito. em vez de ser projeto de lei ou ação
no MP, vou ligar para o prefeito para pedir que ele coloque um decreto
proibindo os animais. A gente precisa desmotivar que pessoas levem
animais em festas. Um exemplo disso é que no bloco Camaleão levam os
camaleões, em pleno Carnaval. Tenho certeza que o prefeito é sensível à
causa animal", afirmou.
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