Por Alexandre Galvão
Com
o surto de febre amarela em Minas Gerais, estado vizinho à Bahia, a
secretaria de Saúde do Estado (Sesab) afirmou que tem “intensificado a
busca ativa de casos suspeitos” da doença e emitido alerta para os
municípios.
De acordo com a Sesab, a Bahia não registra há alguns anos um caso da
enfermidade, mas com o avanço na fronteira, mantém equipes em alerta. De
acordo com a secretaria, a vacina contra a febre amarela está no
calendário vacinal.
Desde o início de janeiro, 23 casos suspeitos foram notificados no interior de Minas Gerais - 14 deles levaram à morte dos pacientes.
Segundo a Secretaria de Saúde de MG, 16 deles são considerados
prováveis, após exames apontarem a presença do vírus, mas ainda estão
sendo investigados.
A febre amarela, segundo a Fiocruz, é uma doença infecciosa grave,
causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai
este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito
fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta,
calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por
cerca de três dias.
A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve
período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer
insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados),
manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados
se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é
principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão
se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A infecção
acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou
tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um
mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte
de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.
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