Até dia 13, unidades funcionam só em dias úteis; depois, vão parar de vez.
Desde janeiro, foram 12.407 casos confirmados; Saúde nega 'epidemia'.
Pacientes recebem atendimento em tenda da Unidade de Atenção à Dengue, em Brazlândia (Foto: Dênio Simões/Agência Brasília)
O governo do Distrito Federal anunciou que vai desativar, no próximo dia 13, as tendas instaladas em Brazlândia e São Sebastião
para atendimento a pacientes com suspeita de dengue. Segundo o GDF, a
decisão foi motivada pela redução dos casos confirmados nas últimas
semanas. Desde janeiro, 12.407 moradores do DF foram diagnosticados com a
doença.Neste sábado (30) e domingo (1º), as Unidades de Atenção à Dengue (UADs) já foram fechadas. Nas próximas duas semanas, elas funcionarão apenas em dias úteis, até a desmontagem definitiva no dia 13. A partir daí, o atendimento voltará a ser feito nas unidades básicas e nos hospitais.
Desde 11 de fevereiro, quando a primeira estrutura começou a funcionar em Brazlândia, a Secretaria de Saúde contabilizou 20,4 mil atendimentos. Na semana de "estreia" das tendas, o DF registrou ápice de infecções pelo vírus da dengue, com 1.249 casos em sete dias.
Segundo a secretaria, os gráficos mostram que o ritmo de infecção vem caindo, semana após semana. Nos últimos seis boletins divulgados, o número de casos a cada sete dias passou de 802 para 664, 565, 420, 183 e 15, nesta ordem. O longo período de estiagem e a queda de temperatura contribuem para a redução de focos do Aedes aegypti, segundo a pasta.
Epidemia
Pelos parâmetros da OMS, uma doença pode ser considerada epidemia se atingir mais de 300 pessoas a cada 100 mil habitantes. Com uma população estimada em 2,8 milhões de pessoas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2014, o DF precisaria de 8,4 mil casos para entrar na classificação. O número foi atingido no fim de março.
Os 12.407 casos confirmados até agora significam que, para cada 100 mil habitantes do DF, 443 foram infectados pelo vírus da dengue. O número atual é 47,7% maior que o limite da epidemia, mas a Secretaria de Saúde ainda não usou o termo de modo oficial na divulgação dos dados.
Em nota enviada ao G1, a secretaria afirma que o critério da OMS não estabelece um período de tempo para a medição. Segundo a pasta, os números acumulados desde janeiro não seriam uma medida eficiente para caracterizar a epidemia, já que houve redução gradual nos casos a partir de fevereiro.
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