MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Semp Toshiba fecha empresa na Bahia


por
Raylanna Lima
TRIBUNA DA BAHIA
Metalúrgicos protestaram na porta da empresa contra o fechamento
Metalúrgicos protestaram na porta da empresa contra o fechamento
Alegando custo alto de produção, a Semp Toshiba informática encerrou as atividades na Bahia na última sexta-feira (29). A  fábrica de notebooks e desktops, localizada no bairro de Águas Claras, já estava em Salvador há quase 14 anos. Os metalúrgicos da empresa foram surpreendidos com o anúncio somente na sexta e, indignados com a situação, realizaram protesto na manhã de ontem (2), fechando a BR 324. O que acabou causando um grande engarrafamento.
O diretor do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Mt Elétrico do Estado da Bahia (SIMMEB), conversou com a  Semp Toshiba e informou que a empresa alega que a fábrica em Salvador já não é mais viável e vem trazendo muitos prejuízos. “Segundo a empresa, eles não estão vendendo os produtos e não estão tendo muitas mercadorias. A alegação é que o custo de produção é muito elevado e manter a empresa na Bahia já não está mais viável”, disse. Ainda segundo ele, também não houve comunicação prévia pra o sindicato e a empresa só avisou ao SIMMEB, Governo do Estado, na sexta-feira, através do envio de um aviso sobre o fim das atividades na Bahia.
A empresa que produz produtos eletrônicos, como celular e computadores, comunicou que irá focar a produção apenas na fábrica na Zona Franca de Manaus, onde produz aparelhos de áudio e vídeo. “Estamos buscando maior eficiência operacional. Tínhamos duas unidades fabris de informática (Salvador e Manaus) e agora vamos concentrar as nossas operações em Manaus”, afirma Ricardo de Santos Freitas, vice-presidente da Semp Toshiba. Ele observa que alguns trabalhadores que desempenhavam funções em áreas de chefia em Salvador poderão ser aproveitados em Manaus ou em São Paulo. Mas a maioria dos 200 funcionários será demitida.
O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos da Bahia (STIM-BA) acionou o Ministério Público, e uma audiência foi marcada já para esta semana. “Não podemos admitir que uma empresa se instale na região, conte durante o tempo todo com os incentivos fiscais, e depois, sem nenhuma cerimônia, encerre as atividades, deixando dezenas de pais e mães de família desempregados. Isso é um absurdo. Onde fica a responsabilidade social da empresa?”, questiona Adson Batista, presidente do sindicato.
Demissões
Não é a primeira vez que a empresa toma uma grande decisão sem avisar com antecedência. Em 12 de abril deste ano, também em uma sexta-feira, a Semp Toshiba já havia promovido uma demissão em massa. Demitiu 65 trabalhadores, sendo 25 efetivos e 40 terceirizados, ligados à empresa CTT Fiskt.
Na ocasião, as demissões foram realizadas sem antes, ao menos, a empresa agendar as homologações. A maioria dos trabalhadores demitidos atuava na linha de produção. O que também motivou indignação do STIM-BA. “Até o momento, não fomos informados sobre o real motivo das demissões. Nenhuma empresa pode demitir em massa sem antes conversar com o sindicato da categoria, a fim de buscar uma solução para o impasse”, protestou Adson Batista.

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