MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 24 de dezembro de 2022

Mulheres no climatério: é possível se manter sexualmente ativa na menopausa?

 


Especialista explica como a queda hormonal no período pré-menopausa afeta a vida sexual das mulheres


Tribuna da Bahia, Salvador
23/12/2022 20:18 | Atualizado há 16 horas e 31 minutos

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Foto: Canva

Com o aumento da longevidade um questionamento vem ganhando bastante importância na vida das mulheres: é possível se manter sexualmente ativa a partir dos primeiros sinais do climatério e chegada da menopausa? Antes de responder esta pergunta o médico ginecologista Dr. Jorge Valente, explica o que são estas etapas e de que maneira elas afetam a saúde e a qualidade de vida da população feminina.

“Quando a mulher fica por um ano ininterrupto sem menstruar, dizemos que ela entrou na menopausa, porém o nome dessa fase da vida da mulher iniciada quando ela começa a perder os hormônios sexuais e apresentar todos os sintomas associados a menopausa, é chamada de climatério”, explica o ginecologista. Segundo ele, este é um período de muita insegurança e incerteza, pois, durante muito tempo, o tema “menopausa” ficou ligado a uma múltipla falência para a mulher que vive a perda da sua sexualidade, do vigor, da sua vivacidade e da sua capacidade de gerar filhos.

Os sintomas do climatério começam a acontecer, em geral, a partir dos 45 anos, que é quando a produção dos hormônios sexuais cai abruptamente, fazendo com que haja queda na libido, redução da lubrificação vaginal, irritabilidade, ganho de peso, dentre outros e a chegada da menopausa por volta dos 48 a 53 anos. Mas, embora estes fatores levem as mulheres ao questionamento e preocupação sobre a manutenção de uma vida sexual ativa, o médico garante que a menopausa não é uma ‘aposentadoria para o sexo’. “A sexualidade não está perdida na menopausa, a reposição hormonal e os cuidados nesta fase, a exemplo da prática de atividade física e adoção de uma dieta saudável, podem devolver toda a qualidade de vida, garantindo a manutenção da libido, reduzindo ou até mesmo anulando os sintomas que levam à perda do desejo sexual”, afirma Dr. Jorge Valente.

O especialista destaca o estrogênio como o principal balizador da resposta sexual apresentada pelas mulheres. Segundo ele, a redução na produção deste hormônio é responsável não só pela queda na libido e redução da lubrificação vaginal, mas, também, pela ocorrência da dispaurenia, que nada mais é do que as dores genitais que tornam a relação sexual dolorida e desconfortável. “Ao realizarmos a reposição deste e de outros hormônios sexuais, como por exemplo a testosterona, que também tem influência nestes sintomas, conseguimos fazer com que a resposta sexual aconteça de maneira semelhante com a que ocorria no pré-climatério”, diz o ginecologista.

Diante de todas as mudanças pelas quais passam neste período, é importante que as mulheres tenham um acompanhamento regular com um médico da sua confiança e que conversem abertamente com ele sobre como tem estado o seu desejo sexual. “Desta forma o profissional poderá avaliar as alterações orgânicas apresentadas e definir a melhor estratégia terapêutica para que ela tenha uma vida normal”, ressalta Dr. Jorge Valente. 




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