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Para
a entidade, proposta de plano trienal ajuda a criar bases para mercado
competitivo de hidrogênio verde no País, a partir de fontes renováveis,
como solar e eólica
Dezembro de 2022
– O plano de trabalho trienal (2023-2025) do Programa Nacional de
Hidrogênio (PNH2), lançado no dia 15 deste mês pelo Ministério de Minas e
Energia (MME), é um passo importante para o desenvolvimento de um
mercado competitivo de hidrogênio de baixo carbono no Brasil e ajuda a
criar condições para consolidar o País como protagonista mundial na
geopolítica de transição energética com o hidrogênio verde (H2V), que é
produzido a partir de fontes renováveis, como solar e eólica. A
análise é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(ABSOLAR). Segundo a entidade, o plano contempla aspectos cruciais para o
desenvolvimento do mercado no País, incluindo base tecnológica,
infraestrutura e capacitação de mão de obra. Sobretudo, traz diretrizes
para planejamento energético, criação de arcabouço legal-regulatório,
abertura e crescimento de mercado doméstico e de exportação e condições
para cooperação internacional. O plano apresentado também prevê revisão
anual para se adaptar à maturidade da tecnologia e do mercado. Pela
avaliação da associação, que colaborou com a elaboração do plano e teve
várias propostas de ações acatadas pelo MME, o mercado de H2 mundial
vai crescer fortemente nos próximos anos, passando de um setor de US$
110 bilhões em 2019 para mais de US$ 200 bilhões em alguns anos, e
migrar de uma produção majoritariamente a partir de fontes fósseis para o
H2V. “Diversos países
estão se movimentando no âmbito desse vetor energético, como solução de
descarbonização das economias e dos processos produtivos e, por isso, a
importância do Brasil se posicionar como um dos principais produtores,
de forma sólida e rápida, tendo em vista a vocação do País para a
produção de energia renovável competitiva e com escala, além de seu
grande potencial de demanda doméstica”, comenta Camila Ramos,
vice-presidente de Investimento e Hidrogênio Verde da ABSOLAR. A
executiva também ressalta a necessidade de priorização das fontes
renováveis para produção do hidrogênio, uma vez que todo o racional para
o crescimento desse setor é a descarbonização. “Outro ponto importante
do plano é o mapeamento e estudo da competitividade da cadeia de valor
do hidrogênio de baixo carbono, inclusive como forma de identificar
oportunidades e gargalos para o Brasil e de identificar políticas
públicas para incentivos”, acrescenta Camila. Já
Eduardo Tobias, coordenador da força-tarefa de Hidrogênio Verde da
ABSOLAR, acredita que o plano poderia ser mais ambicioso em seu
planejamento trienal, sobretudo no atingimento dos objetivos de
descarbonização da economia brasileira e a contribuição para a transição
energética global. “O texto apresentado tem uma abordagem agnóstica em
relação às rotas de produção do hidrogênio, inclusive trata de forma
agnóstica o hidrogênio verde e o hidrogênio cinza (a partir do gás
natural sem captura de carbono). Esse fato preocupa a associação pois
pode incentivar e alocar recursos para rotas de produção que não
contribuem para a descarbonização da economia”, aponta. Além
disso, o plano não prevê no próximo triênio o estabelecimento de metas
de produção e consumo do H2V. Também não considera medidas objetivas e
concretas para fomentar o consumo do combustível de origem renovável nos
próximos anos, em substituição ao atual consumo doméstico do hidrogênio
e derivados (e.g. amônia e metanol), produzidos a partir de
combustíveis fósseis e, em grande medida, importados. “Neste
sentido, a ABSOLAR mobilizará seus mais de 120 associados atualmente
engajados na Força Tarefa de H2V para avaliar, em detalhe, a proposta do
Plano Trienal e contribuir, no âmbito na Consulta Pública nº 147 do
MME, com propostas de aperfeiçoamentos e no complemento das ações
apresentadas”, conclui Tobias. Sobre a ABSOLAR Fundada
em 2013, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(ABSOLAR) congrega empresas e profissionais de toda a cadeia produtiva
do setor solar fotovoltaico com atuação no Brasil, tanto nas áreas de
geração distribuída quanto de geração centralizada. A ABSOLAR coordena,
representa e defende o desenvolvimento do setor e do mercado de energia
solar fotovoltaica no Brasil, promovendo e divulgando a utilização desta
energia limpa, renovável e sustentável no País e representando
internacionalmente o setor solar fotovoltaico brasileiro. Para mais informações, contatar: Thiago Nassa (MTb. 30.914) TOTUM Comunicação (11) 99544 4954 |
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