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Em um ano, 70% das indústrias do país registraram ao menos um episódio de queda de energia
Agosto de 2024 - A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADE) realizou recentemente uma pesquisa a qual apontou que o Brasil registrou, apenas em 2023, 47 mil quedas de energia elétrica.
Essa crescente frequência de quedas de energia no país representa um sério desafio para a manutenção da cadeia de frio, essencial para a conservação de medicamentos e vacinas. A interrupção no fornecimento de energia pode resultar na perda de eficácia de medicamentos, danificando as moléculas do princípio ativo e colocando em risco a saúde da população, como explica a farmacêutica e diretora técnica do Grupo Polar, Liana Montemour.
A situação se agrava ao considerar medicamentos para doenças raras e severas, que exigem condições específicas de armazenamento. A perda desses fármacos pode ter consequências irreversíveis para os pacientes, comprometendo seus tratamentos e gerando um impacto significativo na qualidade de vida.
Os custos associados à perda de medicamentos devido a falhas na cadeia de frio são elevados e podem variar de acordo com o tipo de fármaco e a quantidade perdida. Medicamentos para doenças raras, por exemplo, possuem um custo unitário elevado, o que torna as perdas financeiras ainda mais significativas.
Diante desse cenário, a importância de cumprir a legislação se torna ainda mais evidente. A nova RDC 430, em conjunto com a RDC 653, reforça a necessidade de as empresas adotarem boas práticas de armazenamento, distribuição e transporte de medicamentos. A fiscalização dos órgãos responsáveis é fundamental para garantir o cumprimento dessas normas e a segurança dos pacientes.
Para minimizar os riscos, é fundamental que hospitais, farmácias e distribuidores adotem medidas para garantir a continuidade da refrigeração em caso de interrupção no fornecimento de energia.
"As empresas têm que pensar em um sistema backup como parte das ações de boas práticas de armazenagem, distribuição e transporte. Pois se o medicamento está dentro de um refrigerador ou de um freezer e há falta de energia, eu posso perder essa medicação’’, ressalta Liana. ‘’E isso pode afetar não apenas a economia daquela empresa, a falta do produto no mercado, mas a vida do paciente que está aguardando por esse medicamento", completa.
A implementação de planos de contingência, com o uso de geradores, sistemas de monitoramento online e caixas térmicas é essencial para garantir a segurança dos pacientes. Além disso, é preciso investir em tecnologias que permitam o monitoramento em tempo real da temperatura dos equipamentos de refrigeração, possibilitando a identificação de problemas e a tomada de medidas corretivas de forma rápida e eficiente.
A utilização de geolocalização também é fundamental para rastrear os medicamentos e garantir que a cadeia de frio seja mantida durante todo o processo de distribuição. As empresas responsáveis devem se atentar às datas de validade e à temperatura de registro do medicamento ou vacina, garantindo que os produtos sejam armazenados e transportados nas condições adequadas.
Sobre o Grupo Polar - Com experiência e competência técnica há mais de duas décadas, é pioneiro no desenvolvimento de elementos térmicos (gelos), atua com a fabricação de caixas, bolsas térmicas, dataloggers, rastreadores e monitores de temperatura, incluindo serviços de qualificação, treinamento e consultoria. A companhia foi a primeira empresa no Brasil a investir em desenvolvimento de pesquisas e soluções personalizadas em Cold Chain, garantindo os padrões e certificações regulatórias nacionais e internacionais em todo o processo.
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