Andrea
Gimenes, Diretora Pedagógica da Escola Vereda, explica qual o impacto e
os prejuízos dos baixos índices de alfabetização no Brasil
Em
08 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. A data,
celebrada desde 1967, foi criada pela Organização das Nações Unidas
(ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) e trata da importância de priorizar essa
fase da aprendizagem, considerada a base do sistema educacional.
Quando
o assunto em voga é infância, logo vem à mente a questão da
alfabetização e da necessidade de se estabelecer uma política nacional
integrada para a Primeira Infância, focando nas necessidades individuais
de cada criança e das múltiplas dimensões de cuidados que elas
requerem.
Evidentemente, os desafios são muitos. Segundo pesquisa do Inep,
em 2023, apenas 56% das crianças brasileiras das redes públicas
alcançaram o patamar de alfabetização definido pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para o 2° ano
do Ensino Fundamental – esses dados foram divulgados no 1º Relatório de
Resultados do Indicador Criança Alfabetizada.
Dentro desse contexto, Andrea Gimenes, Diretora Pedagógica da Escola Vereda,
comenta a importância da alfabetização para a evolução na educação. “O
processo de alfabetização resulta em um desenvolvimento pleno, traz
oportunidades consistentes no ambiente acadêmico e no mercado de
trabalho. Ademais, o país evolui à medida que, quanto maior o número de
alfabetizados, mais cidadãos críticos e conscientes teremos”, afirma.
Andrea
explica ainda quais são os prejuízos do baixo desempenho de
alfabetização no Brasil: “Os índices de alfabetização impactam
diretamente no desenvolvimento econômico de nosso país. Com essa baixa
performance, o acesso à informação é dificultado, agravando o cenário
das oportunidades de emprego que possuem boas remunerações, resultando
em um grande aumento da desigualdade social e da pobreza, além de
exclusão social, afirma a diretora.
Para
transformar esse panorama, a especialista comenta que é necessário o
desenvolvimento de atividades que incentivem os alunos no processo de
alfabetização. “É importante trabalharmos com aulas lúdicas e uma
metodologia ativa. Além disso, aqui na escola contamos com o apoio de
uma assessoria externa especializada na área, que acompanha mês a mês o
processo de desenvolvimento dos estudantes, realizando sondagens e
avaliações que nos trazem dados importantíssimos sobre o nível
alfabético de cada estudante” ressalta.
Para
a especialista, com o avanço tecnológico, outro ponto importante a ser
destacado é a diferenciação entre a linguagem digital e a linguagem
impressa. “A leitura e a escrita no meio digital consistem em eficiência
e rapidez. Já no meio impresso, tanto a leitura, quanto a escrita
tendem a promover um contato mais profundo com o texto, o que resulta em
maior compreensão, interpretação e memorização, agregando também ao
vocabulário. É importante diferenciar os dois tipos nesse processo de
alfabetização para que os alunos aprendam a demonstrar, de maneira
adequada, a comunicação nos estilos distintos”, explica Andrea.
Por
fim, a representante da Escola Vereda destaca a necessidade de uma
formação continuada para os educadores que atuam no processo de
alfabetização, os ‘alfabetizadores’. “Esses profissionais devem ter uma
especialização na área, pois esse tipo de atuação demanda diversas
habilidades para atingir soluções estratégicas”, finalizou a diretora
pedagógica.
Sobre a Escola Vereda (www.escolavereda.com.br)
- Com mais de 5 anos de atuação, a Escola Vereda oferece formação do
Ensino Fundamental I ao Ensino Médio nos campus de Santo André, São
Bernardo do Campo e Mooca. Ela se destaca por ofertar educação integral,
através de um planejamento pedagógico minucioso, construído com
intencionalidade pedagógica, permitindo assim o foco no protagonismo do
estudante e na construção do conhecimento, de maneira alinhada à BNCC,
por meio do desenvolvimento dos conteúdos, das habilidades cognitivas,
habilidades socioemocionais e habilidades para a vida, resultando na
formação das competências necessárias para o século XXI.
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