Houve um crescimento do número de profissionais que sentem falta de convivência nos modelos híbrido/remoto, passando de 50% em 2023, para 55% em 2024. Isso é o que mostra os dados da pesquisa anual "Futuro do Trabalho: onde estamos e para onde vamos", conduzida de forma independente pela plataforma de inteligência Futuros Possíveis, com apoio do Grupo Boticário. A pesquisa aponta ainda que a população da região Nordeste é o grupo mais impactado por essa falta de convívio: 59% dos respondentes desta região afirmaram sentir falta do contato presencial com os colegas, quatro pontos percentuais acima da média.
"A crescente saudade do ambiente de trabalho presencial evidencia a importância das conexões humanas no mundo profissional. À medida que nos adaptamos a novos modelos, como o remoto ou híbrido, é fundamental encontrar maneiras de preservar o aspecto humano da colaboração, e buscar formas intencionais e estratégicas para nutrir estes laços," afirma Angelica Mari, CEO e cofundadora da Futuros Possíveis.
O Grupo Boticário é um exemplo de empresa que conseguiu se adaptar aos modelos de trabalho flexíveis. Em 2021 a empresa adotou uma abordagem baseada em pesquisas e feedback dos funcionários, priorizando aspectos como saúde mental e diversidade. Os números refletem essa mudança: aproximadamente 46% dos colaboradores trabalham presencialmente, 35% adotaram o trabalho remoto e 19% estão em modelos híbridos.
Essa mudança permitiu ao Grupo expandir seu alcance, com a maioria dos novos contratados residindo fora das grandes cidades. Os resultados são positivos, com altos níveis de engajamento e satisfação entre os colaboradores, refletidos em indicadores como o Net Promoter Score (NPS). Além disso, a flexibilidade oferecida pelo Grupo Boticário é vista como um fator importante na retenção de talentos, com 97% dos funcionários considerando os modelos de trabalho como um incentivo para permanecer na empresa.
"A falta que mais da metade dos respondentes da nossa pesquisa sente do convívio presencial destaca a necessidade de equilibrar a flexibilidade oferecida pelo trabalho remoto com as valiosas interações pessoais que ocorrem no escritório, garantindo um ambiente de trabalho mais conectado e colaborativo,” conclui Angelica.
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Gabriela Cardoso
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