Perfil de Adotantes e Adotados
O
perfil dos adotantes e dos filhos adotivos no Brasil evoluiu, mas ainda
apresenta grandes discrepâncias. Enquanto muitas crianças maiores,
adolescentes, com deficiências e em grupos de irmãos aguardam por
Adoção, a preferência dos adotantes geralmente recai sobre bebês,
crianças mais novas e sem problemas de saúde. Além disso, problemas como
o racismo estrutural, presente na sociedade brasileira, ainda
dificultam a Adoção de crianças e adolescentes não-brancos, os quais são
maioria nos serviços de Acolhimento.
Segundo
o SNA, atualmente, 4.794 crianças e adolescentes aguardam por Adoção.
Dessas, 52,6% são pardas, 29,4% são brancas e 16,4% são pretas. Cerca de
58,74% dos acolhidos que aguardam por Adoção são crianças com mais de
10 anos de idade ou são adolescentes. Entre as crianças e os
adolescentes com deficiência intelectual, 14,3% estão na lista de
espera, enquanto 1,7% têm deficiência física. Além disso, 20% das
crianças e dos adolescentes têm problemas de saúde e 49,72% pertencem a
grupos de irmãos.
Em
2023, segundo o SNA, 38,3% das crianças e dos adolescentes adotados são
brancos, 48,6% são pardos e 11,2% são pretos. Crianças com até 2 anos
representaram 45,48% dos adotados no período. A preferência por crianças
e adolescentes sem problemas de saúde e sem deficiência foi marcante,
representando 96,2% e 88,9%, respectivamente. Além disso, os dados
mostram que 52,4% dos adotantes preferiram crianças e adolescentes sem
irmãos.
Essa
disparidade requer ações contínuas, que começam no apoio da rede de
proteção à família de origem, para que a criança e o adolescente possam
permanecer em segurança ali. Quando o acolhimento é inevitável, as ações
passam pela necessidade de agilizar, de forma equilibrada, a avaliação
da situação da criança e do adolescente. Isso evita que eles fiquem
muito tempo no serviço de Acolhimento, sem saber para onde vão,
ampliando os problemas psicológicos decorrentes da falta de convivência
familiar. Por fim, “as
ações também passam por promover uma melhor preparação dos adultos
pretendentes, para que a Adoção seja inclusiva, segura e para sempre”, conclui Jussara.
As
disparidades nos perfis revelam que os obstáculos para garantir que
todas as crianças e os adolescentes tenham uma família são diversos,
incluindo a falta de equipes técnicas especializadas e Varas da Infância
e Juventude.
Sobre a Angaad
A
Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção é uma organização da
sociedade civil, sem fins lucrativos, que congrega e apoia os GAAs. Ela
trabalha pela convivência familiar de crianças e adolescentes.
Presente
em todas as regiões do Brasil, a ANGAAD atua, desde 1999, de forma
voluntária. Segue as diretrizes do ECA e representa os grupos junto aos
poderes públicos e às organizações da sociedade civil, em ações que
desenvolvem e fortalecem a cultura da Adoção.
A
diretoria da ANGAAD, com gestão entre 2023 e 2025, é composta por
Jussara Marra (presidente), Antônio Júnior (vice-presidente), Ingrid
Mendes (secretária), Gilson Del Carlo (tesoureiro), Francisco Cláudio
Medeiros (diretor jurídico), Sara Vargas (diretora de relações
públicas), José Wilson de Souza (diretor financeiro), Erika Fernandes
(diretora de comunicações), Eneri Albuquerque (diretora técnica) e Hugo
Damasceno (diretor de relações institucionais).
www.angaad.org.br
e-mail: angaad@angaad.org.br
Instagram: @angaad_adocao
Maio/2024
Informações para a imprensa:
dc33 Comunicação
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(11) 98125-7319
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