Quadro ocorre normalmente no terceiro trimestre de gravidez e pode levar à prematuridade
Maio de 2024
- O Brasil está entre os dez países com o maior número de nascimentos
prematuros no mundo e, entre as causas, está a pré-eclâmpsia, um
distúrbio que afeta cerca de 5% das mulheres grávidas. O diagnóstico é
feito no pré-natal, quando há a identificação de hipertensão (aumento de
pressão arterial) e proteinúria (presença de proteína na urina) após
vinte semanas de gravidez.
Em
algumas gestações, o sistema imunológico pode liberar proteínas na
circulação sanguínea, que provoca uma resposta imunológica que agride as
paredes dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e aumento da
pressão arterial. O aumento de pressão específico da gravidez é chamado
pré-eclâmpsia e pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma grave do
problema, que põe em risco a vida da mãe e do feto.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, em 2023, foram registrados 7.846 casos de
pré-eclâmpsia, entre moderada, grave e não especificada.
Algumas
condições podem aumentar o risco de desenvolver o quadro, como doenças
autoimunes, diabetes, obesidade, doença renal crônica, fertilização in
vitro, história familiar em parentes de primeiro grau (mãe ou irmã), ter
mais de 40 anos ou engravidar na adolescência. Apesar de existirem
fatores de risco já comprovados, a pré-eclâmpsia pode ser assintomática e
acontecer com qualquer mulher, independente de comorbidades.
A ONG Prematuridade.com
é uma entidade que batalha para que haja informação sobre tudo que
possa levar a um parto prematuro, como a pré-eclâmpsia. Para evitá-la, a
ONG reforça a necessidade de realizar os pré-natais com frequência e
manter todos os exames em dia. De acordo com Dr. Edson Borges, médico
obstetra e consultor técnico da ONG Prematuridade.com,
em caso de inchaço nas mãos ou pés, ganho de peso, hipertensão ou
proteinúria, é preciso procurar um médico de imediato. Além de se
atentar aos sintomas com cautela, as mães também podem seguir uma
alimentação balanceada, beber muita água e solicitar ao seu
pré-natalista a prescrição de AAS ou cálcio, que diminuem os riscos de
pré-eclâmpsia.
A
empresária Amanda Flinco é um dos exemplos de mães que foram afetadas
pela pré-eclâmpsia. “Fui para o pronto-socorro com a pressão 21/11, já
com problemas nos rins e no fígado, fui diagnosticada com a síndrome de Hellp [hemólise, enzimas hepáticas elevadas, baixa contagem de plaquetas],
tudo aconteceu muito rápido, nem consegui processar’’, relatou Amanda,
que teve seu bebê prematuro com 30 semanas, 35 centímetros e apenas
1,8kg.
A
ONG Prematuridade.com é ativa na luta para formar políticas públicas
para que as mães se sintam amparadas e protegidas, bem como seus bebês.
‘’A maneira mais eficaz de combater quadros que levam à prematuridade é a
informação. Quanto mais as mães souberem ao que estão propensas e quais
são seus direitos, menos medo terão de procurar ajuda’’, ressalta a
diretora executiva da ONG, Denise Suguitani.
Sobre a ONG Prematuridade.com -
A Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de
Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com), é a única organização sem fins
lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção do parto prematuro
e à garantia dos direitos dos prematuros e de suas famílias. A ONG é
referência para ações voltadas à prematuridade e representa o Brasil em
iniciativas e redes globais que visam o cuidado à saúde materna e
neonatal. A organização desenvolve ações políticas e sociais, bem como
projetos em parceria com a iniciativa privada, tais como campanhas de
conscientização, ações beneficentes, capacitação de profissionais de
saúde, colaboração em pesquisas, aconselhamento jurídico e acolhimento
às famílias, entre outras.
Assessoria de Imprensa - Predicado Comunicação
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