MPor estuda ampliar voos para o Rio Grande do Sul

 

Durante entrevista para o programa Bom Dia, ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Silvio Costa Filho detalhou as ações que estão sendo realizadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos em parceiras com outras pastas

Silvio Costa Filho detalha as ações adotadas pelo MPor para portos e aeroportos - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta quarta-feira (22), em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro que a pasta está trabalhando para aumentar a malha aérea emergencial criada para atender a população após fechamento do principal aeroporto de Porto Alegre em decorrência das enchentes que atingiram grande parte dos munícipios gaúchos. Segundo ele, de dez dias para cá, quando foi anunciada a primeira fase do programa de ampliação de voos, já foi possível ampliar de 116 para 134 as operações aéreas que atendem o estado.
 

"A gente tem ampliado a malha aérea no Rio Grande do Sul. E, agora, estamos trabalhando cada vez mais para expandir as operações regionais, levando o turista de negócios, o turismo de lazer e outros passageiros que estão tentando se deslocar para outros afazeres fora do Estado. A gente tem atuado de maneira transversal com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e, agora, ao lado do ministro Paulo Pimenta, que é o nosso coordenador das ações efetivas no estado, para ajudar o povo gaúcho e toda sociedade", afirmou Costa Filho.
 

Outro ponto abordado por ele durante a entrevista foi a situação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que segue com as operações interrompidas por tempo indeterminado. O ministro explicou que antes de apontar um prazo para a volta dos voos no local, é necessário uma análise técnica criteriosa, de modo a não comprometer a segurança de voo. "Tem gente que diz que a pista terá condições de receber voos, tem gente que acha que a pista terá que ser refeita completamente, que a água terminou danificando o asfalto e o solo. A gente está aguardando que a água possa baixar pra gente poder de fato dar uma informação mais detalhada e objetiva sobre a situação do aeroporto", indicou Costa Filho.
‎‏    
Portos e aeroportos na agenda do dia
 

Durante cerca de uma hora de entrevista, o ministro respondeu perguntas feitas por jornalistas de várias partes do país sobre projetos que estão sendo executados pela pasta. Um dos questionamentos diz respeito ao resultado sobre as ações da Garantia da Lei da Ordem (GLO), prorrogado no início deste mês pelo presidente Lula, que intensificou os trabalhos de monitoramento e inteligência contra atos ilícitos em cinco áreas de São Paulo e Rio de Janeiro, que incluem portos e aeroportos. "A GLO tá tendo um papel importante na redução do número de apreensão do tráfico de drogas e no tráfico de entorpecente", indicou Costa Filho.
 

Segundo ele, a GLO cumpriu um papel institucional ao lado da Polícia Federal da Receita Federal e dos ministérios envolvidos. No entanto, o ministro argumentou que é necessário avançar no aprimoramento e na a governança nos portos e aeroportos, por meio de serviços de tecnologia e de monitoramento inteligência de câmeras.
 

O preço do bilhete aéreo também foi um assunto levantando durante a conversa. Perguntando sobre como o Ministério de Portos e Aeroportos está trabalhando políticas públicas que possam reduzir o valor das passagens, o ministro ressaltou que, desde o ano passado, quando assumiu a gestão, ele tem dialogado constantemente com as empresas aéreas e todo setor com medidas que possa baratear os bilhetes, entre elas estão a redução do querosene de aviação e a diminuição da judicialização no setor. "Para vocês terem uma ideia, dos 100% da judicialização no mundo, mais de 70% está no Brasil, então quanto mais processos mais aumenta no custo da passagem", explicou.
 

Sobre o setor portuário, o titular do MPor destacou a construção do túnel Santos-Guarujá, maior obra de transporte do novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), que terá investimento de R$ 6 bilhões, aporte dividido de forma igual entre Governo Federal e Estado de São Paulo. "É uma obra que demorou mais de 100 anos para sair do papel, que poucas pessoas acreditavam e a gente tá tendo o privilégio, sob a liderança do presidente Lula, de poder tirar do papel. Esperamos que ainda no mês de junho esse processo seja encaminhado ao Tribunal de Contas da União, para que a gente possa fazer um debate interno no TCU e, partir do final deste ano e início de 2025, a gente possa executar esse grande empreendimento", argumentou.
 

Costa Filho aproveitou a oportunidade para falar sobre o Voa Brasil, programa do Governo Federal, que vai ofertar passagens de até R$ 200 reais a aposentados que ganham até dois salários mínimos e estudantes do ProUni. Ele afirmou que o programa está na fase final de ajustes e será lançado nos próximos meses. A gente tá construindo, junto com a Casa Civil, alguns detalhes que estão prontos para apresentar agora nesse período, mas por conta da situação no Sul todo o nosso esforço e de todas as outras pastas do Ministério nesse momento está em atender o Estado do Rio Grande do Sul. A gente espera que agora, no mês de junho, a gente retoma essa discussão possa finalizar esse programa, concluiu.
‎‏    
Acompanhe a entrevista na íntegra