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Porto Alegre (RS) –
Na madrugada desta quarta-feira (22/5), o nível do Guaíba reduziu e
ficou abaixo dos 4 m, conforme indica monitoramento realizado com o
apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB). É a primeira vez que isso
ocorre desde o dia 3 de maio. Apesar da redução, a marca ainda está
acima da cota de inundação, de 3 m.
“A
tendência é que o nível do Guaíba continue a diminuir. No entanto, com
os eventos de chuva previstos para os próximos dias, é possível que
ocorram alguns repiques, ou seja, algumas pequenas elevações. Isso faz
com que ocorra um atraso no retorno ao nível abaixo dos 3 m”, explica o
coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos.
Após
as fortes chuvas na região, o nível do Guaíba começou a subir e, no dia
4 de maio, registrou a máxima histórica de aproximadamente 5,3 m. A
cota superou o recorde anterior, registrado em 1941, que era de 4,75 m.
Em seguida, o nível estabilizou e iniciou um processo de descida, mas
com o retorno das chuvas, o Guaíba estabilizou em um patamar elevado,
retornando o declínio nos últimos dias.
O
volume de águas que chega ao Guaíba vem de outros rios, como o Jacuí, o
Taquari, o Caí, o Sinos e o Gravataí, que passam pelas cidades de Dona
Francisca, Rio Pardo, Campo Bom, Leopoldo e Gravataí. Nessas
localidades, o nível segue elevado, mas em processo de descida. Os dados
são apresentados na plataforma SACE, do SGB.
Lagoa dos Patos
O
destino das águas que passam pelo Guaíba é a Lagoa dos Patos, no sul do
estado. Nos municípios da região – Arambaré, São Lourenço do Sul,
Pelotas e Rio Grande, o nível da água está elevado e acima da cota de
inundação. É possível acompanhar as cotas na plataforma SACE, do SGB, a partir de dados obtidos por observadores.
Novo aplicativo indica áreas de risco com ajuda de cidadãos
O Serviço Geológico do Brasil lançou o aplicativo Prevenção SGB,
que permite aos cidadãos terem informações sobre áreas de risco em mais
de 1,7 mil municípios mapeados. De forma simplificada, é possível
identificar os locais onde existe a probabilidade de ocorrer desastres,
como inundações, enxurradas, deslizamentos de terra e quedas de blocos.
Além disso, o app
é colaborativo: as pessoas podem cadastrar as ocorrências de eventos
geológicos, a partir de fotos, vídeos e uma breve descrição. As
informações irão compor uma base de dados nacionais sobre eventos de
desastres no Brasil, contribuindo para o fortalecimento das ações de
prevenção, enfrentamento e resposta a desastres.
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