MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Arrecadação anual do Governo Federal aumentaria em R$ 3,4 bilhões com a regulamentação de cigarros eletrônicos

 



Comercialização dos produtos poderia gerar 124,5 mil empregos formais e informais, o que representa uma massa salarial de R$ 3,8 bilhões


A regulamentação da comercialização dos cigarros eletrônicos no país poderia gerar um aumento anual de R$ 3,4 bilhões na arrecadação do Governo Federal com impostos de importação. Além disso, poderiam ser gerados até 124,5 mil novos postos de trabalho formais e informais caso a demanda por estes dispositivos fosse atendida por uma produção interna. É o que mostra um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).


Segundo os resultados do estudo, considerando apenas a importação do produto, a arrecadação poderia chegar a R$ 10,1 bilhões em três anos – o que contribuiria indiretamente para a estabilidade financeira, aumentaria a confiança dos investidores no país e proporcionaria um ambiente mais propício ao crescimento econômico sustentável. Além disso, com um ganho no mercado internacional, o Brasil poderia ampliar seu faturamento em até R$ 57 bilhões, com um aumento no PIB de até R$ 28 bilhões.


Ainda segundo o estudo, os cerca de 124,5 mil empregos formais e informais que podem ser criados representariam uma massa salarial de mais de R$ 3,8 bilhões. Apenas na fumicultura, a regulamentação geraria 12.950 novos postos de trabalho formais e informais.


Consumo não parou de crescer


Apesar da manutenção da proibição da Anvisa, anunciada em abril deste ano, o consumo de cigarros eletrônicos não parou de crescer. Os dados do Ipec mostram que o número de consumidores chegou a 2,9 milhões de pessoas em 2023, o que representa um aumento de 600% em um período de seis anos. Como o produto não é regulamentado, esses consumidores estão expostos ao mercado ilegal, que não paga impostos nem está sujeito a regras sanitárias.


Caso o mercado potencial seja suprido pela produção interna do setor formal de fumo, o faturamento do país poderia ultrapassar os R$ 27 bilhões - um montante que, sem regulação, continuará sendo destinado ao contrabando, que hoje domina 100% deste mercado.


Economista-chefe da FIEMG, João Gabriel Pio diz que a autorização para a importação e a comercialização do produto poderia contribuir não só para a arrecadação do governo, como também para o fomento da atividade econômica.


“Dentre os benefícios, estima-se que a demanda potencial poderia representar um mercado de R$ 10,5 bilhões ao ano, enquanto a arrecadação poderia chegar a R$ 3,4 bilhões em impostos federais. Esses números refletem o potencial impacto positivo tanto para os cofres públicos, por meio do aumento na receita, quanto para o crescimento econômico do país, ao impulsionar o setor produtivo, com geração de empregos e renda”, diz Pio.


O material é embasado em uma demanda potencial estimada em 3,5 milhões de consumidores brasileiros ao ano, calculada com base nas últimas pesquisas do Ipec. Isso representaria um mercado de R$ 10,5 bilhões ao ano. A pesquisa foi elaborada pela Gerência de Economia e Finanças da FIEMG e encomendada pela BAT Brasil.


Projeto de Lei no Senado propõe a regulamentação


Na próxima terça-feira (21), será realizada uma audiência pública para debater o Projeto de Lei 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos – MS), que está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e prevê regras rígidas para comercialização e fabricação dos cigarros eletrônicos no Brasil. Se aprovada, a proposta representará um marco legal na produção, comercialização, controle e fiscalização destes produtos no país.




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