Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina (AP). Foto: Serviço de Imprensa do Presidente da Rússia/Wikimedia Commons
O
partido Fatah, liderado pelo presidente da Autoridade Palestina (AP),
Mahmoud Abbas, soltou uma declaração ontem (3), condenando o
envolvimento iraniano em problemas políticos internos da Autoridade
Palestina, e pedindo o fim da intervenção em assuntos nacionais
palestinos.
“Essa
intervenção externa, particularmente do Irã, não possui outro objetivo a
não ser semear o caos nas relações públicas palestinas”, diz a
declaração. Ao longo do pronunciamento, o partido disse também que não
autorizou a exploração do seu povo por motivos suspeitos e que não
representam o interesse do povo.
“O
Irã é considerado um dos maiores apoiadores e patrocinadores de grupos
tipicamente terroristas, como o Hamas e a Jihad Islâmica, e os ajuda por
meio de suporte financeiro, armamentista e até treinamento militar”,
explica André Lajst, cientista político e presidente executivo da
StandWithUs Brasil. “Essa relação causa grandes preocupações para a AP,
que se esforça para distanciar-se do Hamas”.
André também pontua que “nesse
contexto, nota-se a urgência do pedido do Fatah pelo fim da
interferência iraniana, com o objetivo de proteger a política palestina
de influências que prejudicam a unidade e a paz na região”.
Três semanas atrás, o Fatah também criticou o grupo terrorista Hamas,
alegando que, ao provocarem uma retaliação militar israelense, após o
ataque de 7 de Outubro, estariam restituindo uma ocupação israelense em
Gaza, dizendo ser uma catástrofe pior do que o estabelecimento do estado
de Israel, em 1948.
Lajst também ressaltou em publicação no X (antigo Twitter) que o cenário atual “demonstra
o quanto o Irã tem contribuído para a instabilidade do Oriente Médio e
da política internacional em geral, sendo uma ameaça não apenas à
segurança de Israel, mas dos próprios palestinos”.
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