MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Restrições não resolvem e geram insegurança, contesta Sindilojas

 


Presidente da entidade, Paulo Motta sugeriu ação mais enérgica contra quem descumpre o protocolo

Adriano Villela
BAHIA.BA 
Foto: Divulgação Fecomércio-BA
Foto: Divulgação Fecomércio-BA

 

O presidente do Sindicato de Lojistas do Comércio da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta, afirmou ao bahia.ba que a entidade não foi informada sobre a suspensão das atividades entre as 17 horas desta sexta-feira (26) até às 5hs da segunda-feira (1º). O executivo também declarou não acreditar no efeito destas medidas, as quais a seu ver “não têm sustentabilidade”.

“Não é por esse meio que vamos conter o vírus, paralisando as atividades de quem produz, vive do seu negócio e cumpre os protocolos”, afirmou Motta. “Por que as lojas de rua vão fechar mais cedo?”

O fechamento de atividades não essenciais – que exclui apenas saúde e alimentação – foi anunciado nesta quinta-feira (25), pelo governador Rui Costa; o prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro. Uma das motivações é a alta demanda na rede de saúde, com mais de 190 pesoas esperando regulação.

“Três dias parados vão resolver o avanço da infecção pelo novo coronavírus? Claro que não vai”, rebateu o dirigente lojista. Segundo Motta, o abre e fecha no comércio gera insegurança na atividade econômica sem retorno no combate à pandemia. O executivo -que chegou a classificar as medidas adotadas nesta quinta de “improvisação” – propõe o investimento em melhoria das condições sanitárias. “Não deviam ter fechado os hospitais de campanha. Tirou quem estava se especializando, ganhando experiência (no tratamento da Covid-19).”

Paulo Motta admite a gravidade da pandemia, mas sustenta que o correto seria a ação de fechamento penalizar quem está abusando, descumprindo os protocolos. “Devia confiscar aparelho de som, carros dos paredões, casa que realizasse festa. Tinha que ter uma multa violenta e usar o carro ou a casa como garantia da multa. Mexia no bolso. Ai resolveria”, definiu. Motta informou que, com o risco de novas suspensões do comércio, o acordo coletivo em negociação com os comerciários fica comprometido.

Shoppings

Embora reitere que a avaliação de que não são os shoppings que geram risco de contágio, o coordenador regional da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), Edson Piaggio, informou ao bahia.ba que o segmento cumprirá integralmente os novos protocolos anunciados nesta quinta. Piaggio confirmou que foi informado das novas ações.

“Nossa principal preocupação é a vida de nossos colaboradores e das pessoas que frequentam os shoppings”, resumiu o coordenador. Para Piaggio, os dados sanitários estão com a prefeitura, que pode avaliar melhor quais medidas são necessárias na pandemia.

Sobre o horário diferente para fechamento com o comércio de rua, o coordenador da Abrasce argumentou que, além de uma proteção maior, os complexos comerciais necessitam de uma lojistica maior. “Somos 2,5 mil lojas, 2.500 funcionários. Não é só fechar a loja e ir embora.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário