Enchem os consultórios de falsos autistas, falsos transtornos hipercinéticos da infância com distúrbio da atenção com a imponente rubrica de TDAH
Este
artigo tem endereço certo. Vai para mamães, papais e profissionais que
trabalham nas áreas da interpretação do comportamento e do
desenvolvimento cognitivo das crianças, raciocínio, memória e fala.
Como neurologista também de crianças recebo diariamente na clínica
crianças de todas idades já rotuladas (por leituras superficiais
extraídas do Dr. Google, ou diagnosticadas por outros profissionais que
se deixaram levar por informes inadequados de fortes grupos
farmacêuticos) de doenças ou disfunções neurológicas inexistentes.
Assim é que recebo falsos autistas, falsos transtornos
hipercinéticos da infância com distúrbio da atenção com a imponente
rubrica de TDAH, que traduzindo fica assim” transtorno do déficit de
atenção hipercinético “.
Nome esquisito, o que seria “transtorno do déficit"? Tem mais siglas como “Transtorno Desafiador “ e por aí vai.
O ruim disso tudo é que a criança já chega tomando remédios fortes um ou vários.
Se vcs observarem os animais na Natureza verão que todos filhotes
são mais ativos que seus pais e também mais ativos que os adultos da
espécie. Isto significa que animais jovens incluindo nós necessitamos de
movimentos para desenvolver a musculatura e o equilíbrio assim como por
exemplo os macacos.
Sem isso o processo de MIELINIZACÃO CEREBRAL atrasa. A mielina é
uma capa de lipoproteína parecida com o envoltório de um fio elétrico
que organiza o circuito neural e dá plasticidade ao cérebro para
desenvolver suas funções motoras incluindo força e equilíbrio,
sensibilidade e cognição como antes mencionado.
O 1° tratamento de uma criança assim é deixá-la brincar ao ar livre para desenvolvimento cerebral, mental e imunológico.
O 2° tratamento é criar regras disciplinares com rotinas aceitas e
cumpridas por toda família incluindo aí vovó, vovô, titias, comadres e
madrinhas. A criança tem que aprender a respeitar o sim e o não porque
se assim não for, aparece o tal “ distúrbio desafiador “ citado lá
atrás, que vejo em algumas famílias onde a criança agride a mãe e a avó e
acaba tomando remédio que nada contribui para a cura do seu caráter.
Aproveito aqui para alertar o perigo que são os aparelhos eletrônicos, celular, computador e afins.
Criança e adolescente que não se movimentam e não praticam esportes
têm muito maior chance de desenvolver problemas mentais como ansiedade,
depressão e psicopatias anti sociais numa sociedade que troca o real
pelo virtual.
Terminando, o processo de mielinizacão cerebral que se inicia por
volta de meses de vida, pode se estender até a puberdade, e devido a
neuroplasticidade cerebral, sabemos que acontece também na vida adulta,
exemplo que vemos em idosos que após Acidente Vascular Cerebral - AVC
conseguem se recuperar com tratamento adequado.
Portanto cuidado com diagnósticos precoces.A Natureza evolui diariamente e nós, como parte dela, fazemos o mesmo.
Nosso corpo é dinâmico, por isso, além de movimento necessitamos de água, oxigênio, sol e boa alimentação.
Dr. Charles Cury
Neurologista
Kelly Goldoni
kelly.goldoni@goldoniconecta.com.br
(21) 9644-1521 / (21) 96441-5211
Nenhum comentário:
Postar um comentário