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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Caminhada marca início da paralisação dos caminhoneiros na Bahia

 


O trânsito chegou a ficar lento na região no início da manhã desta segunda-feira, mas o protesto transcorreu de forma pacífica.

Tribuna da Bahia, Salvador
02/02/2021 09:30 | Atualizado há 9 horas e 29 minutos

   
Foto: Romildo de Jesus

Da Redação

Uma caminhada em Salvador, na manhã de ontem (1), marcou o início da paralisação dos caminhoneiros autônomos na Bahia. Com faixas de pedidos de apoio, um grupo de 100 pessoas seguiu pela BA-526, conhecida como estrada CIA-Aeroporto, na altura de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), em direção à BR-324. O trânsito chegou a ficar lento na região no início da manhã desta segunda-feira, mas o protesto transcorreu de forma pacífica.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado da Bahia (Sindicam), Juraildes Oliveira, a categoria reivindica, principalmente, a redução do preço do óleo diesel. Além deste, há outros nove pleitos. “O óleo diesel está subindo toda semana e nós estamos sofrendo com isso. Não só a gente, como a população no geral. Porque sobe o óleo diesel, sobe gasolina, sobe o gás”, disse ele ao G1.

Outra reivindicação dos caminhoneiros é com relação ao reajuste da tabela de frete, feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Para operações de alto desempenho, o reajuste foi de 2,34%, enquanto para operações com carga lotação foi de 2,51%. “O governo deu 2% de aumento a nível nacional, só que ainda não é suficiente para a categoria”, salientou. Ele ainda não sabe quantos dias ficarão parados. “Vai depender do governo, de conversar com a categoria e com as lideranças, para resolver a situação que está acontecendo hoje no país”, disse afirmou Oliveira.

Em Feira de Santana, no centro-norte da Bahia, a paralisação foi suspensa. Segundo o presidente do sindicato, Jorge Carlos da Silva, o grupo chegou a tentar parar e criar pontos de bloqueio, mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) teria impedido. No sudoeste, em Vitória da Conquista, os caminhoneiros chegaram a fazer vídeos anunciando a paralisação da categoria. No entanto, os motoristas rodaram normalmente. Situação semelhante ocorreu no norte da Bahia, nos municípios de Juazeiro e Senhor do Bonfim, assim como na região oeste, entre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

Nas redes sociais da instituição, a própria PRF, ao longo do dia, informou que todas as rodovias federais na Bahia encontravam-se com o livre fluxo de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial nas estradas que são de responsabilidade da corporação, a exemplo da BR-116, na região de Itatim, assim como na BR-324, entre a capital baiana e Feira de Santana.

LIMINAR

Também ontem, em caráter liminar, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) atendeu a um pedido feito pela concessionária Bahia Norte, e proibiu os bloqueios de caminhoneiros nas rodovias administradas pela empresa – oito ao todo. A decisão foi dada pela juíza plantonista Gisele Guimarães Ribeiro, acatando uma Ação de Interdito Probatório emitido pela empresa.

Na deliberação, a magistrada informou que o direito dos caminhoneiros pela paralisação “não pode se chocar com o direito de ir e vir dos outros usuários das vias”. No documento, ela citou o risco potencializado pela pandemia, com necessidade de deslocamento de pacientes, além de insumos para o combate à doença. Em caso de descumprimento, foi estabelecida uma multa diária de R$ 100 mil para a Associação Nacional do Transporte do Brasil (ANTB), que é ré na ação judicial.

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