Para Roscoe (esq.), documento deverá manter vagas e deixará a indústria de pé
luciano dias
Na véspera do Dia do
Trabalhador, celebrado neste 1ºde maio no país e no mundo, o anúncio do
IBGE de que a taxa de desemprego brasileira ficou em 12,2% no primeiro
trimestre do ano, 10,5% acima da apontada no trimestre anterior e
atingindo 12,9 milhões de pessoas, assustou empresários, analistas e a
própria população.
Afinal, o salto se deu de janeiro a
março, antes que os efeitos da Covid-19 tivessem impacto mais forte n a
economia. A tendência é de que no próximo balanço, referente a abril,
maio e junho, o volume de desocupados seja muito maior.
Também ontem, contudo, a celebração,
pela Federação das Indústrias de Minas (Fiemg) e representantes de
sindicatos de metalúrgicos do Estado, de uma Convenção Coletiva para
preservação de milhares de empregos trouxe alento, em tempos de tamanha
crise. Ao todo, o acordo deve envolver 180 mil trabalhadores de 4 mil
empresas, em 150 cidades mineiras.
Segundo o presidente da Fiemg,
Flávio Roscoe, a convenção é um “marco histórico” no Brasil e aumenta
benefícios de ações já anunciadas pelas MPs 936 e 972, que regulamentam
mudanças em contratos para dar estabilidade aos trabalhadores. “É um
acordo significativo com vantagens para empregadores e trabalhadores. O
momento patronal e laboral é de preservação da vida e dos empregos”,
afirmou o dirigente.
“Firmamos mecanismos para garantir
empregos e dar capacidade para as indústrias ficarem de pé”, destacou,
lembrando que documentos semelhantes, com vigência até 31 de dezembro,
foram firmados em setores como os de vestiário, calçados e joalherias em
Minas.
Entre as adequações trazidas pela
convenção, estão itens como a regulamentação do teletrabalho; redução de
jornada e salário e suspensão de contratos, com segurança jurídica;e
compromisso com os cuidados com a saúde do funcionário, atendendo à
risca as orientações da OMS. As empresas também devem adotar escalas,
revezamentos e alterações de jornadas para reduzir o fluxo de
trabalhadores.
Para os trabalhadores, apesar de não
atenderem todos os pedido, tais medidas devem dar tranquilidade quanto à
preservação dos empregos. “A Fiemg teve que ceder em vários pontos, mas
acho que o objetivo de manter o emprego, a renda e a saúde foram
estabelecidos”, disse Marco Antônio de Jesus, presidente da Federação
Estadual dos Metalúrgicos da Central Única de Minas (FEMCUT-MG). “Tem
que ser resguardada a vida dos trabalhadores. A questão do emprego
também é fundamental no momento em que o mundo vive esse processo de
pandemia”, completou Marcelino Rocha, presidente da Federação
Interestadual (Fitmetal).
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