É óbvio que policiais erram. Mas as pessoas sabem que não há um bandido
sequer que esteja a favor da população. Coluna de J. R. Guzzo, publicada
pelo Metrópoles, de Brasília:
Está claríssimo para a maioria dos brasileiros, há muitos anos, ou
desde sempre, que polícia é uma coisa boa e bandido é uma coisa ruim.
As pessoas não são idiotas. Sabem, é óbvio, que policiais erram,
podem tratar mal o público, não investigam nem reprimem como deveriam os
crimes cometidos e cometem, eles próprios, uma série intolerável de
atos criminosos.
Mas sabem, também, que não existe um único caso de bandido que esteja
a seu favor – e que qualquer policial, no fim das contas, é melhor que
qualquer criminoso.
O presidente Jair Bolsonaro,
por um fenômeno até agora não esclarecido pelos nossos esclarecedores
de questões nacionais, foi o único político de primeira grandeza no
Brasil a entender esse fato evidente da vida – e por isso, em grande
parte, virou presidente da República.
Bolsonaro acaba de apresentar seu esperado projeto reforçando a
proteção jurídica para policiais e para as forças armadas em ações de
combate ao crime – sim, porque nos últimos anos todo o esforço das
nossas autoridades judiciais e legisladores vem sendo na direção
exatamente oposta. Em sua visão do mundo, o grande problema da
criminalidade do Brasil é a polícia, e não o bandido.
O novo projeto, que agora entra na sua Via Crucis no Congresso,
pretende consertar, tanto quanto possível, essa aberração. Vai ser uma
batalha: “oposição”, boa parte da mídia, “movimentos sociais” e todo o
resto estão prontos para tomar partido contra as forças da ordem e a
favor das forças do crime – continuam convencidos que, “politicamente”,
esse tipo de posição é essencial na sua luta de “resistência” à direita.
Ficam todos indignados, depois, quando a população mostra que prefere o presidente aos assassinos, ladrões e estupradores.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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