Nesta terça-feira (25), a Bahia foi destaque na WRI Brasil,
instituto de pesquisa global que promove a proteção do meio ambiente,
com oportunidades econômicas e bem-estar humano. Em matéria divulgada
pela instituição, o especialista em comunicação dos programas de Clima e
Florestas do WRI Brasil, Bruno Calixto, explica porque nosso estado
chamou a atenção do instituto. “O maracujá da caatinga é uma das frutas
que a fábrica Delícias do Jacuípe (instalada em Pintadas, cidade no
interior da Bahia), administrada pela Cooperativa Ser do Sertão, tem
capacidade de processar para transformar em polpa para suco. O processo
funciona bem para uma série de frutas. Mas até então a fábrica não tinha
iniciado a produção de maracujá da caatinga. Essa realidade começou a
mudar quando autoridades do governo da Bahia, por meio da Secretaria do
Meio Ambiente, visitaram a Ser do Sertão em maio. Na visita, eles
constataram que um dos gargalos que impediam a comercialização da polpa
era relacionado às embalagens”. Explicou Bruno, em seu texto. O
jornalista faz referência ao acordo de cooperação assinado entre o
governador Rui Costa e a presidente da cooperativa Ser do Sertão,
Valdirene Oliveira, no dia 5 de junho, dia do meio ambiente. Durante o
evento foi realizada a entrega simbólica de embalagens para o início da
fabricação de polpas de maracujá da Caatinga. A ação faz parte do
projeto de reflorestamento de frutíferas do semiárido baiano, e conta
com a parceria do WRI Brasil. “O Governo do Estado está potencializando a
nossa cooperativa, com a entrega destas embalagens, para que a gente
possa produzir, principalmente, polpas naturais”, afirmou Valdirene no
Ato de Assinatura. Com 260 cooperados, a unidade agroindustrial da
cooperativa produz 27 toneladas ao mês. Segundo Valdirene, ainda há
áreas com maracujazeiros em Pintadas e em municípios vizinhos, como
Mundo Novo ou Baixa Grande. Geralmente, a árvore aparece em áreas de
mata bem conservadas. Ou seja, ao comprar o fruto, a cooperativa
incentiva os produtores locais a manter essas áreas preservadas para
gerar renda, usando a área apenas para colheita do fruto. Nas regiões
que não têm mata conservada, a compra do maracujá estimulará a
restauração. “Antes ninguém plantava o maracujá da caatinga. Agora estão
plantando. Estamos incentivando as cooperadas a fazer o plantio”, conta
Valdirene.
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