Cerca de oito em cada dez redes de educação pública de estados e
municípios não têm financiamento suficiente para ofertar uma educação
de qualidade, de acordo com levantamento feito por pesquisadores do
Simulador de Custos para Planejamento de Sistemas Públicos de Educação
Básica em Condições de Qualidade (SimCaq). São escolas que ofertam desde
o ensino infantil ao ensino médio. Os pesquisadores baseiam-se no
chamado Custo Aluno Qualidade (Caq) e consideram que para ofertar uma
educação de qualidade, as escolas precisam, por exemplo, oferecer
formação continuada aos professores, ter internet, banheiros, quadra de
esportes, laboratórios e biblioteca. Precisam ainda ter dinheiro para
pagar despesas com conta de luz e água, entre outras. De acordo com os
dados da plataforma, apenas 19% das redes de ensino públicas, estaduais e
municipais investem o considerado adequado. “Estamos falando de um país
cuja média de gasto é inferior ao que deveria ser o mínimo. Isso é
preocupante”, diz o professor da Universidade de São Paulo de Ribeirão
Preto, especialista em financiamento da educação, José Marcelino de
Rezende, que integra o Conselho Consultivo do Simcaq. Pelas contas, o
investimento em educação básica deveria, em média, aumentar em todas as
etapas de ensino. A maior diferença entre o que é gasto e o mínimo
considerado adequado para uma educação de qualidade está nas creches de
período integral em áreas rurais.
Agência Brasil
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