O governo vai continuar a defender a proposta integral de
reforma da Previdência, mas as novas regras de aposentadoria rural e do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) poderão ser suprimidas se a
maioria dos parlamentares decidir. A afirmação é do secretário de
Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após participar de reunião com
deputados e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília. Marinho
afirmou que a “certamente a vontade soberana do Congresso Nacional se
fará ouvir e representar. Se a maioria assim entender, os itens serão
suprimidos”, disse, referindo-se ao BPC e à aposentadoria rural. “Até
porque o papel do parlamento é aperfeiçoar o projeto, é de apresentar
propostas que de alguma forma consigam melhorar o texto que foi
apresentado pelo Executivo”, acrescentou. O secretário disse ainda que o
governo tem o compromisso de mostrar aos parlamentares os números de
economia previstos em cada item da reforma proposta. “Temos um
compromisso com o parlamento de, no início dos trabalhos da Comissão
Especial [que discutirá o projeto], abrirmos os números no detalhamento.
Até porque há interesse da sociedade de saber se determinada concessão
for feita, qual o custo que será resultante da concessão”, disse.
Segundo o líder do PSD, André de Paula (PE), que também participou da
reunião na manhã de hoje, a retirada do BPC e da aposentadoria rural da
reforma já é um ponto pacificado da bancada. “Nós, na semana passada,
junto com outros líderes – partidos que somados têm mais de 290
deputados – formalizamos a nossa posição de apoio à reforma da
Previdência, mas que a aposentadoria rural e o BPC são pontos que nós
não vamos considerar. O deputado Júlio César (PSD-PI) disse que a
exclusão das novas regras do BPC e da aposentadoria rural fará com que a
resistência dentro do partido à aprovação da reforma seja “muito
pequena”.
Agência Brasil
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