O mercado de automóveis é pontuado por quesitos como
custo de manutenção, confiabilidade, oferta de peças, depreciação e
consumo. Se um modelo fraquejar em um desses itens, o risco de cair em
desgraça é grande. E foi o que aconteceu como Fiat Marea.
Fabricado entre 1998 e 2007, o médio italiano foi uma aposta ousada da Fiat. O Marea chegou para suceder o Tempra, que teve boa recepção no mercado, principalmente pelo estilo arrojado que contrastava com os sedãs nacionais da época. O Marea também era um carro que chamava atenção, principalmente na versão perua (Weekend) que ostentava lanternas verticais como nos Volvos.
A marca de Betim trouxe o carro com motores modernos de cinco cilindros e 20 válvulas com deslocamento 2.0 e 2.4 litros, além de uma derivação turbo. Eram motores com potência entre 140 cv e 180 cv que lhe garantiam um comportamento esportivo.
O grande “senão” é que era um motor de manutenção cara, com componentes compartilhados com modelos Alfa Romeo e que precisavam ser importados. Uma vez, um antigo executivo confidenciou que o modelo era um carro que dava prejuízo, pois era caro fabricá-lo devido às peças importadas. A situação se agravou após a desvalorização do Real diante ao dólar em janeiro de 1999, quando a moeda dobrou de preço da noite para o dia.
Outro problema era o fato de que esses propulsores sofriam com a gasolina brasileira, que sempre teve álcool na composição, além de “fluidos misteriosos” que rotineiramente são acrescidos de forma clandestina. Tudo isso fez com que a confiabilidade do modelo despencasse. O Marea se tornou um carro frágil e caro de se manter.
Duplo comando
O Marea, assim como todo automóvel com motor com cabeçote duplo da virada do milênio, ficou taxado de oneroso e frágil. A razão estava na manutenção dada aos carros, principalmente na troca de óleo.
Motores com duplo comando sempre demandaram uso de lubrificante sintéticos e não óleo mineral. Muitos acabaram fundindo por formação de borras – não só o do Marea –, pelo uso de lubrificantes que não ofereciam a viscosidade e demais propriedades necessárias. Isso contribuiu para a má fama.
Pós
Por outro lado, o Marea foi um automóvel que entregava muito conforto, bom acerto de suspensão e desempenho bem acima da média de concorrentes como Vectra e Santana.
Em fóruns, muitos proprietários enaltecem os predicados do sedã italiano e dão e recomendam que os interessados não sejam displicentes com a manutenção.
Avaliações
No mercado de usados, o Marea, por conta da idade, é um carro barato. De acordo com a Fipe, as avaliações variam de R$ 6.600 a R$ 20 mil. No varejo, os preços médios giram entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. No entanto, é possível encontrar unidades abaixo de R$ 6 mil, assim como unidades extremamente novas que beiram os R$ 50 mil.
Para quem tem interesse no Marea e não se importa muito com desempenho, mas com o conforto, a versão SX equipada com motor 1.6 16v de 106 cv pode ser a mais racional. Esse modelo foi fabricado entre 2006 e 2007, no fim da carreira do sedã e tem preços, segundo a Fipe, entre R$ 14 mil e R$ 16 mil.
Durante a trajetória, foram vendidas 53 mil unidades, um volume modesto, mas que não destoava da situação econômica da época. O Marea foi produzido num período de vacas magras no Brasil.
Descontinuado há 11 anos, encontrar uma unidade em bom estado demanda atenção e muita paciência. E também tem aquela história, nem sempre é o carro que não presta, e sim o dono que não cuida.
Fabricado entre 1998 e 2007, o médio italiano foi uma aposta ousada da Fiat. O Marea chegou para suceder o Tempra, que teve boa recepção no mercado, principalmente pelo estilo arrojado que contrastava com os sedãs nacionais da época. O Marea também era um carro que chamava atenção, principalmente na versão perua (Weekend) que ostentava lanternas verticais como nos Volvos.
A marca de Betim trouxe o carro com motores modernos de cinco cilindros e 20 válvulas com deslocamento 2.0 e 2.4 litros, além de uma derivação turbo. Eram motores com potência entre 140 cv e 180 cv que lhe garantiam um comportamento esportivo.
O grande “senão” é que era um motor de manutenção cara, com componentes compartilhados com modelos Alfa Romeo e que precisavam ser importados. Uma vez, um antigo executivo confidenciou que o modelo era um carro que dava prejuízo, pois era caro fabricá-lo devido às peças importadas. A situação se agravou após a desvalorização do Real diante ao dólar em janeiro de 1999, quando a moeda dobrou de preço da noite para o dia.
Outro problema era o fato de que esses propulsores sofriam com a gasolina brasileira, que sempre teve álcool na composição, além de “fluidos misteriosos” que rotineiramente são acrescidos de forma clandestina. Tudo isso fez com que a confiabilidade do modelo despencasse. O Marea se tornou um carro frágil e caro de se manter.
Duplo comando
O Marea, assim como todo automóvel com motor com cabeçote duplo da virada do milênio, ficou taxado de oneroso e frágil. A razão estava na manutenção dada aos carros, principalmente na troca de óleo.
Motores com duplo comando sempre demandaram uso de lubrificante sintéticos e não óleo mineral. Muitos acabaram fundindo por formação de borras – não só o do Marea –, pelo uso de lubrificantes que não ofereciam a viscosidade e demais propriedades necessárias. Isso contribuiu para a má fama.
Pós
Por outro lado, o Marea foi um automóvel que entregava muito conforto, bom acerto de suspensão e desempenho bem acima da média de concorrentes como Vectra e Santana.
Em fóruns, muitos proprietários enaltecem os predicados do sedã italiano e dão e recomendam que os interessados não sejam displicentes com a manutenção.
Avaliações
No mercado de usados, o Marea, por conta da idade, é um carro barato. De acordo com a Fipe, as avaliações variam de R$ 6.600 a R$ 20 mil. No varejo, os preços médios giram entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. No entanto, é possível encontrar unidades abaixo de R$ 6 mil, assim como unidades extremamente novas que beiram os R$ 50 mil.
Para quem tem interesse no Marea e não se importa muito com desempenho, mas com o conforto, a versão SX equipada com motor 1.6 16v de 106 cv pode ser a mais racional. Esse modelo foi fabricado entre 2006 e 2007, no fim da carreira do sedã e tem preços, segundo a Fipe, entre R$ 14 mil e R$ 16 mil.
Durante a trajetória, foram vendidas 53 mil unidades, um volume modesto, mas que não destoava da situação econômica da época. O Marea foi produzido num período de vacas magras no Brasil.
Descontinuado há 11 anos, encontrar uma unidade em bom estado demanda atenção e muita paciência. E também tem aquela história, nem sempre é o carro que não presta, e sim o dono que não cuida.
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