Pau que nasce torto, nunca se endireita. O dito
popular eternizado pelos “imortais” Beto Jamaica e Compadre Washington é
válido para muita coisa, até mesmo para as operações de fabricantes de
automóveis. Mas a Citroën precisa se alinhar, nem que seja num espinhoso
cacto.
E o C4 Cactus é, literalmente, a tábua de salvação da marca francesa no Brasil. O utilitário-esportivo (SUV) foi lançado no segundo semestre de 2018 com a incumbência de expandir os volumes da marca. E, pelo visto, tem cumprido o objetivo.
Nos dois primeiros meses do ano, o jipinho emplacou 2.477 unidades, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Volume que o coloca como o décimo utilitário mais vendido do mercado.
Vale ressaltar que, mesmo sendo números que não fazem sombra nos líderes da temporada 2019 – Renegade e Compass, com 9.500 e 8.500 licenciamentos, respectivamente – o desempenho do Cactus equivale a mais de 50% das vendas da marca este ano. Todos os demais produtos da francesa acumularam 2.101 emplacamentos, numa lista que conta com C3, Aircross, C4 Picasso, C4 Lounge e até mesmo o furgão Jumpy.<EM>
O carro
Testamos a versão Shine THP 1.6, topo de linha, que oferece um pacote de conteúdos farto, além do bem afamado motor turbo 1.6 de 173 cv – que segue como a cereja do bolo de qualquer modelo que PSA vendeu por aqui nos últimos nove anos.
A versão é oferecida por R$ 99.990 e encareceu cerca de R$ 1 mil desde que foi lançada. Um acréscimo até modesto diante da escalada de preços de todo o setor automotivo, principalmente entre os utilitários, que são “remarcados” diante dos olhos como as latas de ervilhas e pacotes de macarrão nos anos 1980.
O Cactus é um utilitário-esportivo (SUV) que foge aos padrões da maioria dos jipinhos. O conjunto ótico de três degraus, que se tornou uma identidade da marca francesa e as formas arredondadas fazem dele um carro que dificilmente não será notado nas ruas. Definitivamente não nega os princípios de design da Citroën.
Por dentro, ele também busca ir além do convencional. Mas sem revoluções exóticas como o C4 Pallas. No entanto, deixa a desejar pela qualidade do acabamento, que abusa de plásticos duros e com bancos que não “abraçam” como no C4 Picasso.
Raio-x Citroën C4 Cactus Shine 1.6
O que é?
Utilitário-esportivo (SUV) compacto, de cinco lugares.
Onde é feito?
Produzido na unidade Porto Real (RJ).
Quanto custa?
R$ 99.990
Com quem concorre?
O C4 Cactus Shine concorre no topo do segmento de jipinhos compactos. Os rivais são Chery Tiggo 5x TXS 1.5 (R$ 96.990), Chevrolet Tracker Midnight 1.4 (R$ 106.290), Ford EcoSport Titanium 1.5 (R$ 103.890), Jeep Renegade Limited 1.8 (R$ 105.990), Honda HR-V EXL 1.8 (R$ 108.500), Hyundai Creta Prestige 2.0 (R$ 104.990), Nissan Kicks SL Pack Tech 1.6 (R$ 102.390), Peugeot 2008 Crossway 1.6(R$ 91.990), Renault Captur Intense 2.0 (R$ 91.690), Volkswagen T-Cross Highline 1.4 (R$ 109.990).
No dia a dia
O C4 Cactus é um automóvel projetado para uso urbano, mas habilitado para trafegar em “grama mal aparada”. Na cidade, o jipinho oferece bom comportamento devido ao excepcional conjunto mecânico. A posição de dirigir elevada garante boa visibilidade, apesar de a coluna C ser bastante larga.
O espaço interno agrada bastante e o utilitário transporta quatro adultos com bom conforto. O quinto passageiro vai apertado. O bagageiro de 320 litros segue a média da categoria. Se o espaço é bom, a qualidade do acabamento deixa a desejar pelo uso quase integral de plásticos duros. A exceção fica pela modesta faixa emborrachada no painel e por uma tira de tecido.
No entanto não se pode negar que a montagem é boa, sem rebarbas ou peças mal encaixadas. A lista de conteúdos da versão também agrada. Ele conta com direção elétrica, ar-condicionado digital, multimídia com (câmera de ré, conexão Apple CarPlay e Android Auto, USB e Bluetooth). O que incomoda é o controle da ventilação na tela do multimídia. Uma função trivial que poderia ser executada com um botão precisa de vários toques na tela. O Cactus ainda oferece controle de estabilidade, seletor de tração por tipo de terreno, partida sem chave, retrovisores elétricos e bancos revestidos em couro.
Motor e transmissão
O motor THP 1.6 de 173 cv e 24,9 mkf de torque é o melhor do C4 Cactus. A unidade desenvolvida com a BMW e que já equipou a primeira geração do Cooper se nega a envelhecer. Ela tem respostas muito rápidas e o casamento com a caixa de seis marchas fazem desse Citroën um modelo bem mais ágil que o primo Peugeot 3008, que é mais pesado.
Como bebe?
Abastecido com álcool, o C4 Cactus registrou média de 7,1 km/l num combinado entre trajeto urbano e rodoviário. Um consumo alto para uma unidade turbo que privilegia a eficiência.
Suspensão e freios
A Citroën ficou famosa na Europa pela qualidade das suspensões. Por aqui foi o contrário, o C3 e o primo 206 jogaram a tradição na lama por conta da fragilidade. No entanto, o Cactus tem bom acerto de suspensão. Apesar de mais firme que os demais modelos da marca, o conjunto com sistema McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira) oferece bom conforto. Os freios utilizam discos nas quatro rodas.
Pontos positivos
Motor
Conteúdo
Pontos negativos
Consumo
Acabamento
E o C4 Cactus é, literalmente, a tábua de salvação da marca francesa no Brasil. O utilitário-esportivo (SUV) foi lançado no segundo semestre de 2018 com a incumbência de expandir os volumes da marca. E, pelo visto, tem cumprido o objetivo.
Nos dois primeiros meses do ano, o jipinho emplacou 2.477 unidades, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Volume que o coloca como o décimo utilitário mais vendido do mercado.
Vale ressaltar que, mesmo sendo números que não fazem sombra nos líderes da temporada 2019 – Renegade e Compass, com 9.500 e 8.500 licenciamentos, respectivamente – o desempenho do Cactus equivale a mais de 50% das vendas da marca este ano. Todos os demais produtos da francesa acumularam 2.101 emplacamentos, numa lista que conta com C3, Aircross, C4 Picasso, C4 Lounge e até mesmo o furgão Jumpy.<EM>
O carro
Testamos a versão Shine THP 1.6, topo de linha, que oferece um pacote de conteúdos farto, além do bem afamado motor turbo 1.6 de 173 cv – que segue como a cereja do bolo de qualquer modelo que PSA vendeu por aqui nos últimos nove anos.
A versão é oferecida por R$ 99.990 e encareceu cerca de R$ 1 mil desde que foi lançada. Um acréscimo até modesto diante da escalada de preços de todo o setor automotivo, principalmente entre os utilitários, que são “remarcados” diante dos olhos como as latas de ervilhas e pacotes de macarrão nos anos 1980.
O Cactus é um utilitário-esportivo (SUV) que foge aos padrões da maioria dos jipinhos. O conjunto ótico de três degraus, que se tornou uma identidade da marca francesa e as formas arredondadas fazem dele um carro que dificilmente não será notado nas ruas. Definitivamente não nega os princípios de design da Citroën.
Por dentro, ele também busca ir além do convencional. Mas sem revoluções exóticas como o C4 Pallas. No entanto, deixa a desejar pela qualidade do acabamento, que abusa de plásticos duros e com bancos que não “abraçam” como no C4 Picasso.
Raio-x Citroën C4 Cactus Shine 1.6
O que é?
Utilitário-esportivo (SUV) compacto, de cinco lugares.
Onde é feito?
Produzido na unidade Porto Real (RJ).
Quanto custa?
R$ 99.990
Com quem concorre?
O C4 Cactus Shine concorre no topo do segmento de jipinhos compactos. Os rivais são Chery Tiggo 5x TXS 1.5 (R$ 96.990), Chevrolet Tracker Midnight 1.4 (R$ 106.290), Ford EcoSport Titanium 1.5 (R$ 103.890), Jeep Renegade Limited 1.8 (R$ 105.990), Honda HR-V EXL 1.8 (R$ 108.500), Hyundai Creta Prestige 2.0 (R$ 104.990), Nissan Kicks SL Pack Tech 1.6 (R$ 102.390), Peugeot 2008 Crossway 1.6(R$ 91.990), Renault Captur Intense 2.0 (R$ 91.690), Volkswagen T-Cross Highline 1.4 (R$ 109.990).
No dia a dia
O C4 Cactus é um automóvel projetado para uso urbano, mas habilitado para trafegar em “grama mal aparada”. Na cidade, o jipinho oferece bom comportamento devido ao excepcional conjunto mecânico. A posição de dirigir elevada garante boa visibilidade, apesar de a coluna C ser bastante larga.
O espaço interno agrada bastante e o utilitário transporta quatro adultos com bom conforto. O quinto passageiro vai apertado. O bagageiro de 320 litros segue a média da categoria. Se o espaço é bom, a qualidade do acabamento deixa a desejar pelo uso quase integral de plásticos duros. A exceção fica pela modesta faixa emborrachada no painel e por uma tira de tecido.
No entanto não se pode negar que a montagem é boa, sem rebarbas ou peças mal encaixadas. A lista de conteúdos da versão também agrada. Ele conta com direção elétrica, ar-condicionado digital, multimídia com (câmera de ré, conexão Apple CarPlay e Android Auto, USB e Bluetooth). O que incomoda é o controle da ventilação na tela do multimídia. Uma função trivial que poderia ser executada com um botão precisa de vários toques na tela. O Cactus ainda oferece controle de estabilidade, seletor de tração por tipo de terreno, partida sem chave, retrovisores elétricos e bancos revestidos em couro.
Motor e transmissão
O motor THP 1.6 de 173 cv e 24,9 mkf de torque é o melhor do C4 Cactus. A unidade desenvolvida com a BMW e que já equipou a primeira geração do Cooper se nega a envelhecer. Ela tem respostas muito rápidas e o casamento com a caixa de seis marchas fazem desse Citroën um modelo bem mais ágil que o primo Peugeot 3008, que é mais pesado.
Como bebe?
Abastecido com álcool, o C4 Cactus registrou média de 7,1 km/l num combinado entre trajeto urbano e rodoviário. Um consumo alto para uma unidade turbo que privilegia a eficiência.
Suspensão e freios
A Citroën ficou famosa na Europa pela qualidade das suspensões. Por aqui foi o contrário, o C3 e o primo 206 jogaram a tradição na lama por conta da fragilidade. No entanto, o Cactus tem bom acerto de suspensão. Apesar de mais firme que os demais modelos da marca, o conjunto com sistema McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira) oferece bom conforto. Os freios utilizam discos nas quatro rodas.
Pontos positivos
Motor
Conteúdo
Pontos negativos
Consumo
Acabamento
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