MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 28 de março de 2019

Brasil quer expandir exploração do pré-sal para fora de fronteira marítima

POLITICA LIVRE
Com base em estudos geológicos que apontam grande potencial de reservas de petróleo, o governo estuda oferecer, pela primeira vez, blocos exploratórios além dos limites de 200 milhas náuticas (cerca de 370 quilômetros) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) como sua plataforma continental. O Brasil tenta na ONU, desde 2004, expandir esses limites e, embora o pleito ainda não tenha sido totalmente atendido, a exploração e produção de petróleo na região na frente da Bacia de Santos já foi autorizada. O grupo que acompanha o tema na ONU diz ser desejável que a área seja ocupada. O tema está nas mãos do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética): a ANP informou que já sugeriu ao órgão a inclusão de blocos localizados fora da zona econômica exclusiva em leilão de petróleo que será realizado em 2020. “Na avaliação da agência, a região da Bacia de Santos que está localizada além do limite das 200 milhas náuticas possui potencial para descobertas de jazidas petrolíferas na camada pré-sal”, diz a ANP. “Estamos diante da possibilidade de grande riqueza extra, não prevista até dois anos atrás”, afirma o geólogo Pedro Zalán, que fez carreira na Petrobras e hoje dirige a consultoria Zag. Ele analisou dados coletados pela norueguesa Spectrum Geo em uma área que se estende entre o litoral catarinense e a região dos Lagos, ao norte do Rio, e diz ter identificado fora das 200 milhas estruturas subterrâneas semelhantes às que contem os grandes reservatórios do pré-sal. Ele estima que, por analogia, as estruturas poderiam conter entre 20 e 30 bilhões de barris de petróleo e gás em recursos prospectivos (termo que define recursos ainda não encontrados). No pré-sal já conhecido, diz, a estimativa é que os recursos prospectivos somem 40 bilhões de barris. A expectativa, porém, ainda embute grande risco, já que é feita com base em pesquisa sísmica –espécie de ultrassonografia do subsolo. A sísmica é a primeira etapa na atividade de exploração de petróleo. Para confirmar a existência de petróleo ou gás natural, é preciso perfurar poços –às vezes com milhares de quilômetros de extensão.
Folhapress

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