O presidente Michel Temer poderá dar uma nova declaração à
imprensa neste domingo, 27. Na sexta-feira, 25, quando o acordo com os
caminhoneiros não foi cumprido, o presidente Temer anunciou que estava
convocando as forças federais, incluindo Forças Armadas, para
desobstruir estradas e forçar a categoria a voltar ao trabalho, tentando
retomar o reabastecimento do País. No momento, a ideia é que, se o
presidente falar, seja para fazer um apelo, chamando para o diálogo
porque quer evitar o pior, ainda mais agora, com a possibilidade de os
petroleiros iniciarem uma greve de 72 horas, a partir de quarta-feira.
Com isso, está acontecendo uma romaria de representantes de diversos
segmentos ao Planalto para buscar diálogo e vantagens para o seu setor.
No caso da Federação dos Petroleiros, no entanto, o governo está
“indignado” com o que chamam de “oportunismo” da categoria, que querem
promover uma paralisação com “cunho eminentemente político”, insistem os
interlocutores do presidente. Assustado com o fato de o movimento dos
caminhoneiros não ter recuado e os trabalhadores permanecerem parados,
sem distribuir combustíveis e outras mercadorias, deixando o País em uma
situação considerada “muito grave”, por várias autoridades, o governo
Temer decidir reabrir as negociações. O ministro-chefe da Secretaria de
Governo, Carlos Marun, chegou a viajar para São Paulo, no sábado à noite
para negociar e outros ministros e até ex-ministros estão ajudando nas
discussões, com objetivo de tentar vencer o impasse criado.
Estadão Conteúdo
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