Pedro Parente é um indicado do PSDB. Ocupou o cargo de ministro da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso, no segundo mandato do sociólogo. Vem aos poucos privatizando a Petrobrás, ao vender ativos da petroleira, sob o argumento de sanear a empresa, depois de anos de roubalheira de políticos de todos os partidos, que controlavam cargos de diretoria para abastecer campanhas eleitorais e fortunas pessoais.
É inadmissível o atrelamento dos preços dos combustíveis, com reajuste diário em função ao dólar e submetido aos humores da OPEP (Organização de Países Produtores de Petróleo), controlada pela Arábia Saudita, que aumenta o barril ou diminui, conforme ordens dos EUA. Então, torna-se impatriótico que uma empresa pública prejudique os brasileiros.
NÃO É ARROGÂNCIA – Se busca o lucro acima de tudo, a Petrobras não deveria estar sob o guarda-chuva do Estado. Mas agora o presidente Temer está refém desse executivo tucano, pois não tem força para demiti-lo sumariamente. O caso de Pedro Parente não é só arrogância, como afirmou Cássio Cunha Lima, senador do PSDB pela Paraíba – trata-se de falta de espírito público, reconhecida pelo mesmo partido que indiciou o executivo.
O povo está aflito, com o desabastecimento de gêneros alimentícios de primeira necessidade. Hospitais, escolas e serviços públicos essenciais funcionam precariamente, e o Sr. Parente justifica-se ao presidente dizendo que pretendia apenas o ressarcimento do suposto prejuízo com o preço do diesel nas bombas. Vejam que ele não fala nada sobre a gasolina, cujos aumentos diários também elevam os níveis inflacionários.
DEDO DOS PATRÕES – Quanto a essa greve dos caminhoneiros, os fatos evidenciam o dedo dos patrões no sucesso da empreitada (locaute), o que é ilegal. O governo fala em multas de até R$ 100 mil. Um absurdo, isto não será pago por eles nunca. Lembrem que Samarco destruiu uma cidade poluiu o Rio Doce com a lama tóxica e até agora não pagou um centavo sequer. Puro blefe!
Agora, estamos reféns das transportadoras, as patrocinadoras da greve dos caminhoneiros, conforme os ministros Jungmann, da Segurança Pública, e Marum, da Articulação Política, vêm afirmando nas entrevistas, simplesmente porque, FHC privatizou todas as ferrovias estatais e as empresas que ganharam a concessão não aumentaram um metro de trilhos para contar aos posteros.
TRECHOS RENTÁVEIS – Ficaram apenas com os trechos rentáveis do Sul e do Sudeste. Desmontaram um setor importantíssimo para o desenvolvimento dos transportes, barato e rápido, principalmente dos grãos produzidos no Centro-Oeste. Faltaram inteligência e planejamento de médio e longo prazo. Ora, sem alternativa de transporte ferroviário e também aquaviário, as rodovias foram ocupadas pelos caminhões.
Quanto a questão dos combustíveis, FHC e LULA apostaram no petróleo, principalmente o pré-sal, cantado em verso e prosa por Lula e Dilma, dois primários, que governaram este país. O saudoso engenheiro Bautista Vidal, deu a dica da biomassa, entregando a Lula o mapa da mina, que libertaria o Brasil, do ciclo do ouro negro, comandado pelas sete irmãs petroleiras.
A falta de estadistas é que está matando esse país virtuoso. Collor, Sarney, FHC, Lula, Dilma e Temer não estavam à altura desse país maravilhoso por natureza.
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