MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 26 de maio de 2018

Nasce um herói: o altruísta caminhoneiro.


Valentina de Botas ironiza, em seu Face, a farândula de patetas que exalta a greve dos caminhoneiros, novos heróis de gente que, certamente, tem saudade da Era Lulista e gosta de um boa - e irresponsável - baderna:


Nasceu há algumas horas o mais novo herói brasileiro: o patriota e altruísta caminhoneiro. Ele logo estará mamando, mas já dorme tranquilo embalado pelo subsídio que conseguiu para o diesel. Os pais, uns pelegos bem-criados à esquerda e à direita (além da suspeita do patronato), ainda que meios frustrados pelo Exército não ter aderido e tentado depor o governo, agradecem, orgulhosos por provocar mais uma crise artificial, à sociedade imbecilizada que a bordo de mais um bordão imbecil, o #SomosTodosCaminhoneiros, arcará com os custos do subsídio e continuará pagando pela gasolina tão caro quanto antes. Mas agora com uma despesa a mais: o subsídio. É que não existe herói grátis. Fofura da mamãe-pátria?!
O nascimento foi meio tumultuado em que alguns envolvidos não passaram no teste de coerência nem decência e dá uma aula de Brasil. Vejamos: a direita que só saia aos domingos, sem bloquear o ir e vir de ninguém, a favor do impeachment de Dilma, aplaudiu o bloqueio criminoso de estradas em plena semana; estatistas recém-convertidos em liberais pela magia das eleições queriam que a Petrobrás voltasse aos dias mágicos de Dilma que quebraram a empresa (prejuízo de R$51 bilhões) pela indevida intervenção política do governo para congelar os preços dos combustíveis com o petróleo a R$30/40 e hoje está R$70; as esquerdas gritando que, naquela época é que era bom, que o neoliberalismo do governo golpista blablabla; a imprensa conseguindo culpar Temer pela greve política que era mais um modo de impedi-lo de governar e espertalhões ganharem alguma grana e votos; Rodrigo Maia e Cássio Cunha Lima indo ao limite da deslealdade e dando mais um passo.

O valor do frete também estava na parada e deveria ser pactuado entre caminhoneiros e patrões num país são, não é uma questão de governo nem de Estado, mas no modelo mental do brasileiro o Estado é o resolvedor de tudo. Não tem jeito: o país não sai do infantilismo sempre procurando o Estado-pai e este é mantido no seu gigantismo que engole recursos (impostos). Só quando o Estado diminuir, a carga tributária diminuirá deixando de onerar o preço da gasolina, por exemplo. Mas está tudo bem: os de sempre vão pagar a conta.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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