MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 19 de maio de 2018

Greve de caminhoneiros contra valor do diesel deve ter grande adesão em todo o país


BLOG DO CAMINHONEIRO

Caminhoneiros de todo o país estão se mobilizando para iniciar uma greve nacional na próxima segunda-feira, 21 de maio. O descontentamento dos transportadores se dá principalmente pelos seguidos aumentos do valor do diesel, que hoje atingiu seu valor mais alto.
A Petrobras divulgou um novo aumento do valor do combustível, passando de R$ 2,3302 o litro para R$ 2,3488 nas refinarias. O valor do diesel subiu 12,5% apenas em maio. Nos 19 dias do mês a Petrobras anunciou 13 alterações de valor dos combustíveis derivados do petróleo, sendo nove altas. O valor nos postos está chegando ao R$ 4,00 por litro.
O anúncio da greve geral foi feito nesta semana pela Abcam, e os caminhoneiros aguardavam uma resposta do governo federal até ontem. Como não houve movimentação por parte do governo, os caminhoneiros irão parar a partir de segunda.
Os caminhoneiros de todo o país, principalmente autônomos, sentem que não há outra solução para o transporte. O valor do combustível esmaga o faturamento, e não sobra quase nada. Se o caminhão precisar de manutenção durante uma viagem, o prejuízo está garantido. Desta forma, o caminhão do transportador autônomo vai ficando cada vez mais sucateado, aumentando custos com manutenção e os prejuízos em cada viagem.
Conversamos com muitos caminhoneiros, principalmente autônomos, que disseram que irão apoiar a greve, parando seus caminhões em postos de combustíveis, onde houver bloqueios de rodovias ou nem saindo de casa. Caminhoneiros empregados devem trabalhar normalmente, mas se houver bloqueios, irão parar, respeitando o movimento grevista.
De acordo com os motoristas consultados, a greve precisa ocorrer, e os motoristas não devem encerrar os protestos antes das reivindicações serem atendidas. Em outras greves recentes o governo prometeu uma série de melhorias para o transporte. Na última grande greve, em 2015, o governo realizou reuniões com lideranças dos caminhoneiros, e os movimentos de greve foram encerrados, mas após isso não houve nenhuma melhora para o setor de transportes.
Outro ponto reclamado pelos caminhoneiros é a falta de uma liderança geral para entidades que representam os caminhoneiros autônomos. De acordo com eles, os caminhoneiros autônomos tem muita força e podem fazer muita diferença, mas não há união entre as entidades.
Na próxima segunda-feira, em pelo menos quatro estados há paralisações programadas. Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais deverão ter movimentos grevistas em diversas cidades. Caminhoneiros de outros estados também deverão se juntar ao movimento.
A Abcam tem duas reivindicações principais para o movimento, que deve ser iniciado na segunda-feira, as seis horas da manhã.
  • a redução da carga tributária incidente sobre operações com óleo diesel a 0 (zero), sendo elas as alíquotas da contribuição para PIS/PASEP – e Confins – incidentes sobre a receita bruta de venda no mercado interno de óleo diesel a ser utilizado pelo transportador autônomo de cargas.
  • e torne isentas da contribuição de intervenção no domínio econômico — cide, incidente sobre a receita bruta de venda no mercado interno de óleo diesel a ser utilizado pelo transportador autônomo de cargas.
A entidade pede que os caminhoneiros façam os protestos de forma pacífica, em postos de combustível ou em casa, sem bloqueio de rodovias, para não prejudicar o direito de ir e vir de outros condutores. A Abcam ainda informa que não apoia atos de violência, agressões, barricadas em rodovias ou depredação de patrimônio público.
Além dos caminhoneiros autônomos, outros grupos de caminhoneiros devem participar dos movimentos, e o protesto deverá ser forte durante toda a semana em muitos pontos do Brasil.

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