Caminhoneiros de todo o país passaram a última noite discutindo sobre o pronunciamento do presidente Michel Temer ontem, sobre um novo acordo firmado entre o governo e entidades que representam os caminhoneiros. A redução do valor do diesel não agradou os caminhoneiros e os protestos continuam em todo o país.
25 estados tem, no momento, pontos de manifestação dos motoristas. Descontentes com o novo acordo, os caminhoneiros se mantem em paralisação, e as rodovias continuam praticamente sem tráfego. O país está parado desde segunda-feira passada. Em oito dias de paralisação, a frota circulante de caminhões se limita à cargas vivas, medicamentos e alimentos perecíveis.
Os estados que continuam tendo manifestações de caminhoneiros são:
- Alagoas
- Amapá
- Bahia
- Ceará
- Distrito Federal
- Espírito Santo
- Goiás
- Maranhão
- Minas Gerais
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso
- Pará
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
- Rondônia
- Roraima
- Santa Catarina
- Sergipe
- São Paulo
- Tocantins
O movimento dos caminhoneiros cresceu bastante nos últimos dias, e o apoio popular é muito grande. Acompanhamos agora mesmo uma passeata de mais de 1.000 pessoas no sul do Paraná, que pedem, além das reivindicações dos caminhoneiros, redução geral de impostos e fim da corrupção.
Caminhoneiros com os quais conversamos dizem que não irão rodar. Eles permanecerão parados por quanto tempo for necessário e não concordam com a redução temporária do valor do diesel. De acordo com eles, essa redução surtirá muito pouco efeito, e logo os preços voltam a subir, piorando o problema.
Estados também não querem reduzir as alíquotas de ICMS que recebem, e o governo não reduziu impostos do diesel, apenas irá subsidiar o valor por tempo determinado, até o último dia de 2018. Além de não resolver o problema dos caminhoneiros, essa medida custará aos cofres públicos cerca de R$ 9,5 bilhões, o que pode causar elevação de outros impostos.
Novamente, as medidas do governo não surtiram efeito, e as entidades que representam os caminhoneiros, por terem assinado esse acordo, perdem a credibilidade que tinham com os motoristas. Essa paralisação dos motoristas pode durar por bastante tempo, dependendo da inércia do governo.
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