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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

E-Pace chega em abril para repetir sucesso do Evoque


Rodrigo Mora, em Córsega (França)
A TARDE
O segundo SUV da Jaguar chega em abril às lojas - Foto: Divulgação
O segundo SUV da Jaguar chega em abril às lojas
Divulgação
Quando lançou o Evoque, em 2011, a Land Rover deu um tapa na cara da sociedade com um carro que ninguém sabia que queria, mas todo mundo desejou. A conjunção de linhas ousadas (mais ainda para um carro da marca naquele momento), dinâmica acertada para o asfalto e DNA off-road intacto levou o sucesso direto para o colo do menor dos Range Rover. Era o embrião do segmento de SUVs compactos de luxo, que agora é um dos mais efervescentes globalmente.
Agora vem a Jaguar ("irmã" da Land Rover) tentar o mesmo com o E-Pace, que, aliás, divide partes da plataforma com o Evoque. Terá o "baby Jag" o mesmo êxito?
Seu principal cartão de visitas é o desenho. A frente é uma releitura do F-Type, enquanto a traseira é basicamente transplantada do cupê. E quando a inspiração vem de um carro que fora eleito, em 2013, o mais bonito do mundo, difícil dar errado.

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O problema do design tão marcante é a linha do teto, que cai acentuadamente na coluna C, reprimindo o espaço para cabeça do passageiro que tiver mais de 1,80 m. E o entre-eixos de 2,68 m também não é tão generoso com as pernas. Dos mesmos males padece o Evoque, diga-se.
Mas o porta-malas comporta até 577 litros, volume que atenderá famílias com um ou dois filhos na maioria das situações. E o acabamento é digno de um Jaguar, impecável em todos os aspectos.
Tour de Corse
Testamos o E-Pace em Córsega, ilha que pertence à França e que desde 1956 abriga corridas de rali (as do campeonato mundial, WRC, foram para lá em 1973).
Foi propício, na maior parte do tempo. Passar por parte do Tour de Corse, conhecido com "rali das 10.000 curvas", serviu para provar a estabilidade do E-Pace, cujo ápice do malabarismo é o Active Driveline, recurso que, em resumo, joga o torque até então exclusivo das rodas dianteiras para as traseiras, equilibrando o carro.
Já os restritos limites de velocidade da ilha nos mostraram que a dupla motor e câmbio é gentil ao trocar as marchas suavemente e escolher a ideal a cada retomada. Na hora de ultrapassagens, o 2.0 turbo de 300 cavalos e o câmbio automático de nove marchas faziam o E-Pace disparar, sempre em sintonia – se uma marcha não era o bastante na retomada, logo mais uma era reduzida.

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Houve tempo para trechos off-road, em que o Jaguar mostrou destreza, muito embora tal ambiente não combine com sua elegância britânica e as suspensões tenham se mostrado um pouco ruidosas.
No fim do dia, vem a conclusão: o E-Pace não é um carro para entusiastas, e talvez não repita o tapa na cara dado pelo Evoque – simplesmente porque o caminho dos SUVs de luxo compactos já fora desbravado.
Mas será um forte concorrente para quem busca estilo, status, desempenho e luxo. No fim das contas, tudo e mais um pouco do que o Evoque entrega, até hoje.

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