MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Com desemprego alto, como é possível Produto Interno Bruto subir?


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Charge do Nani (nanihumor)
Pedro do Coutto
A pergunta contida no título deve ser destinada ao Ministério do Planejamento e ao IBGE. Reportagem de Marcelo Correa, Luana Souza e Lucila de Beaurepier, O Globo deste sábado, destaca que o desemprego no Brasil fechou 2017 com índice de 12,3%. Portanto aproximadamente 12 milhões e 500 mil desempregados. O desânimo de buscar um lugar ao sol afastou 4 milhões e 300 mil pessoas de procurar um emprego. Isso de um lado. De outro, o IBGE acentua que há no país 26,4 milhões de homens e mulheres subutilizados no processo produtivo.
A pergunta dirigida ao IBGE deve ser complementada com outra indagação: como a renda nacional pode ter subido e o Instituto prever que em 2018 o Produto Interno Bruto vá crescer 1%?  Trata-se de uma engrenagem, como se constata , bastante complexa, uma vez que a maior fonte de consumo encontra-se exatamente no volume do trabalho humano. A interrogação conduz a uma dúvida sobre as pesquisas acerca da renda do trabalho e a respeito da massa salarial.
SOA FALSO – A dúvida predomina. Aliás, se não existissem dúvidas, não haveria progresso. Mas isso no campo da ciência, não no panorama das contas públicas. Algo, portanto, soa falso. Uma coisa não pode aumentar sem a outra. Dificilmente a renda do trabalho pode ter crescido, como costuma acentuar o ministro Henrique Meirelles.
Para a renda do trabalho crescer, apesar do desemprego, seria imprescindível que os vencimentos dos empregados ultrapassassem de muito a inflação oficial, que, no ano passado, de acordo com o mesmo IBGE registrou apenas 2,9%. Assim os reajustes salariais teriam que ultrapassar esse limite. A repetição do parâmetro é válida, a meu ver, para dar ênfase a uma inadequação.
INSS E FGTS – Não aconteceu aumento na renda do trabalho. Se tivesse se concretizado, dois reflexos teriam marcado o processo: o crescimento das receitas do INSS e do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço. Além disso, é claro, teria aumentado a arrecadação do Imposto de Renda na mesma proporção.
Como se vê uma trilha de contradições corta a estrada da informação do governo através dos meios de comunicação. E o processo econômico pulsa de forma entrelaçada, sobretudo no relacionamento entre o poder aquisitivo e o consumo em geral. O mesmo ocorre com a formação do PIB que, comparado à população, fornece como resultado a renda per capita. Dessa forma, para que a renda per capita cresça na escala de 1%, é necessário que a economia avance 2 pontos, uma vez que 1% é a taxa líquida demográfica da população brasileira.
EM TRADUÇÃO – As contradições têm que ser traduzidas. Uma delas é o fato de, como O Estado de São Paulo publicou este sábado, a Bolsa de Valores de São Paulo vir fechando com sucessivos recordes. Na sexta-feira, por exemplo, mais uma marca foi batida.
O Estado de São Paulo destacou que a Fitch reduziu a nota de crédito do país, porém isso não influiu no comportamento do mercado acionário. Uma surpresa, sem dúvida. A explicação lógica talvez se encontre na medição do capital estrangeiro no mercado de risco nacional. O risco, entretanto, é muito mais da população do que das empresas brasileiras na economia.
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