A amizade das integrantes da confraria Filhas de Ceres se solidificou em torno da cerveja
Quem gosta de uma boa cerveja não imagina o trabalho
que dá encher cada garrafa, mas conhece bem o prazer de esvaziá-la. Para
os que dominam arte e técnica da fabricação caseira a degustação das
“loirinhas” é ainda melhor: vem depois de um dia inteiro perto do fogão,
sim, mas cercado de bons amigos.
Na indústria, máquinas modernas e automação dão a tônica do processo de fabricação, envase e distribuição da bebida. Quando a fábrica é instalada no quintal, tudo é artesanal e regado a muita conversa boa. Para dar conta dos detalhes – conferir dosagem de malte, temperatura e densidade, por exemplo –, quanto mais gente, melhor. E aí a chamada vale também para vizinhos e parentes, formando verdadeiras confrarias cervejeiras.
Há cerca de três anos, o gastrônomo Bernardo Domenici viu o anúncio de um curso de fabricação artesanal de cerveja. Decidiu experimentar. Gostou e fez a primeira leva com a própria assinatura com ajuda do pai e o irmão. A bebida caiu no gosto da família e dos amigos, que tiverem que trabalhar para poder degustar a “fornada” seguinte.
"Um lava as panelas, outros sanitizam, outros se revezam na brassagem (fase que dura ao menos três horas mexendo uma mistura no caldeirão). Fazer sozinho é quase impossível. Tem hora que você tem que carregar panelas quentes ou recipientes com cerca de 50 litros. Sempre precisa de mais alguém”.
O caminho até uma cerveja artesanal exige ao menos dois dias de trabalho braçal – um para a fabricação em si e outro para colocar a bebida em garrafas. Mesmo quem não está ligado diretamente ao processo dá um jeito de participar.
Bernardo reúne os amigos para fazer a cerveja, mas para consumir tem que ajudar na fabricação
“Uns chegam com o lanche ou fazem churrasco para quem está no
trabalho. Tem a turma da música, que traz violão e fica cantando. Acaba
virando um grande encontro. E todo dia tem gente nova”, relata Bernardo
Domenici.
Também cervejeiro, Breno Conde teve a ideia de começar a fazer a própria bebida ao lado de poucas pessoas. Só não previa que, em pouco tempo, o grupo chegasse a 12 integrantes, de 28 a 70 anos, e com as mais variadas experiências de vida. “Você fica um dia inteiro no processo e não fala só de cerveja. Conversa sobre a vida e acaba se aproximando de outras pessoas. É uma troca bem legal”.
Mulheres de braço
As mulheres também encaram o desafio. O grupo Filhas de Ceres nasceu há quatro anos como confraria para degustação da bebida, mas logo partiu também para a produção caseira. Hoje, o grupo faz pelo menos uma brassagem por mês. “Começamos convidando umas dez pessoas. Algumas nem se conheciam na época. As cinco que ficaram foram desenvolvendo afinidades e a amizade foi se solidificando em torno da cerveja”, afirma a professora Cinara Alves, uma das integrantes.
O grupo decidiu até abrir um espaço, chamado “Estar”, no bairro Prado, para compartilhar as experiências com cerveja e gastronomia. “Somos pessoas que gostam de fazer as coisas e receber os amigos, sempre dando o toque pessoal, o nosso tempero. Acho que isso se encaixou muito bem no espírito do cervejeiro artesanal”, avalia Cinara.
Na indústria, máquinas modernas e automação dão a tônica do processo de fabricação, envase e distribuição da bebida. Quando a fábrica é instalada no quintal, tudo é artesanal e regado a muita conversa boa. Para dar conta dos detalhes – conferir dosagem de malte, temperatura e densidade, por exemplo –, quanto mais gente, melhor. E aí a chamada vale também para vizinhos e parentes, formando verdadeiras confrarias cervejeiras.
Há cerca de três anos, o gastrônomo Bernardo Domenici viu o anúncio de um curso de fabricação artesanal de cerveja. Decidiu experimentar. Gostou e fez a primeira leva com a própria assinatura com ajuda do pai e o irmão. A bebida caiu no gosto da família e dos amigos, que tiverem que trabalhar para poder degustar a “fornada” seguinte.
"Um lava as panelas, outros sanitizam, outros se revezam na brassagem (fase que dura ao menos três horas mexendo uma mistura no caldeirão). Fazer sozinho é quase impossível. Tem hora que você tem que carregar panelas quentes ou recipientes com cerca de 50 litros. Sempre precisa de mais alguém”.
O caminho até uma cerveja artesanal exige ao menos dois dias de trabalho braçal – um para a fabricação em si e outro para colocar a bebida em garrafas. Mesmo quem não está ligado diretamente ao processo dá um jeito de participar.
Também cervejeiro, Breno Conde teve a ideia de começar a fazer a própria bebida ao lado de poucas pessoas. Só não previa que, em pouco tempo, o grupo chegasse a 12 integrantes, de 28 a 70 anos, e com as mais variadas experiências de vida. “Você fica um dia inteiro no processo e não fala só de cerveja. Conversa sobre a vida e acaba se aproximando de outras pessoas. É uma troca bem legal”.
Mulheres de braço
As mulheres também encaram o desafio. O grupo Filhas de Ceres nasceu há quatro anos como confraria para degustação da bebida, mas logo partiu também para a produção caseira. Hoje, o grupo faz pelo menos uma brassagem por mês. “Começamos convidando umas dez pessoas. Algumas nem se conheciam na época. As cinco que ficaram foram desenvolvendo afinidades e a amizade foi se solidificando em torno da cerveja”, afirma a professora Cinara Alves, uma das integrantes.
O grupo decidiu até abrir um espaço, chamado “Estar”, no bairro Prado, para compartilhar as experiências com cerveja e gastronomia. “Somos pessoas que gostam de fazer as coisas e receber os amigos, sempre dando o toque pessoal, o nosso tempero. Acho que isso se encaixou muito bem no espírito do cervejeiro artesanal”, avalia Cinara.
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