Trabalhadores rurais ocupam mais uma fazenda do Grupo JL em AL

Segundo o movimento, esta é a décima ocupação em terras do grupo.
Terrenos ficam nos municípios de União dos Palmares e Branquinha.

Do G1 AL

Trabalhadores rurais montaram acampamento
em fazenda de Branquinha. (Foto: Jonathan Lins/G1)

Mais uma fazenda localizada nas terras da Usina Laginha, que pertence ao Grupo João Lyra, foi ocupada por famílias de movimentos rurais de Alagoas. Na manhã desta sexta-feira (19), trabalhadores sem-terra montaram acampamento na fazenda Gipirana, localizada na zona rural do município de União dos Palmares.
Segundo os trabalhadores rurais, seis famílias já montaram acampamento no local e aguardam a chegada de outros integrantes do movimento. Com esta ocupação, já são dez fazendas do grupo com trabalhadores rurais acampados na região. As ocupações em terras do grupo começaram no dia 28 de março, quando aproximadamente 120 famílias acamparam nas fazendas Sapucaia e Caípe.
Na segunda-feira (1), eles haviam ocupado as fazendas Caboré, Mangabeira e Açucena. E na quinta-feira (4), um grupo acampou na fazenda Batateira, em Branquinha. No dia seguinte, foram ocupadas as fazendas Santo Antônio da Boa Vista, Palmeiral e Timbó, em União dos Palmares.

Os trabalhadores pertencem aos movimentos Via da Terra, Libertação dos Sem Terra (MLT), Terra Livre (MTL) e Via do Trabalho (MUT). Eles cobram mais agilidade no processo de reforma agrária no Estado. De acordo com o coordenador regional do MVT, Marcos Antônio da Silva, o "Marrom", todas as ocupações são permanentes. O coordenador disse que trabalhadores da usina que estão com salários atrasados também estão participando das ocupações.
“Também estamos fazendo essa ocupação em protesto porque o processo que julga a falência do Grupo João Lyra está demorando para ser julgado pelo Tribunal de Justiça alagoano e foi suspenso nesta semana”, reclamou o sindicalista.
Uma audiência entre representantes do movimento e da empresa está prevista para o próximo dia 23, no Fórum Agrário para discutir a situação.
Apesar do movimento informar que 10 fazendas estão ocupadas, o Grupo JL só confirma quatro. Segundo a empresa, os movimentos estão nas fazendas Batateira, Caípe, Santo Antônio da Boa Vista e Mangabeiras. A assessoria de comunicação do grupo informou que a empresa está tomando as medidas legais para retomar a área, já que as terras invadidas são produtivas.