Fruta é a principal atividade econômica de Livramento de Nossa Senhora.
Sem ter o que colher, milhares de pessoas perderam o emprego.
A manga é a principal atividade econômica do município, que produz 150 mil toneladas por ano, mas agora as mangueiras não dão mais frutos. A maioria das propriedades depende de irrigação, mas com o nível baixo do Rio Brumado, que abastece a região, não foi possível irrigar as plantações.
Desde novembro do ano passado, a irrigação está suspensa. Dados da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), apontam quatro mil hectares de mangueiras mortas, o que representa uma queda de 90% da produção. “Isso representa mais de R$ 120 milhões de prejuízo no ano”, diz o técnico Ricardo Almeida.
O agricultor Wilson Santos começou a produzir manga em 2001. Doze anos depois, os pés, que durante muito tempo estiveram carregados de frutos, servem apenas para fazer lenha. “Pode-se dizer que zerou a produção”, diz.
De acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), do início do ano até agora o volume de chuva na região de Livramento de Nossa Senhora foi de 158 milímetros, com redução de 60% em relação à média para o período.
A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) calcula sete mil desempregados em Livramento de Nossa Senhora e no município vizinho de Dom Basílio. O cultivo da manga garantia ocupação durante todo o ano no campo. O prejuízo de R$ 120 milhões contabiliza os dois municípios.
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