Pyongyang rejeitou pedido de diálogo para reabrir complexo de Kaesong.
Região na fronteira entre os dois países segue fechada.
A decisão de retirar cerca de 170 pessoas do parque industrial de Kaesong, localizado ao norte da fronteira fortemente armada, aprofunda um conflito entre as duas Coreias e coloca em risco o último canal remanescente de troca, que foi resultado de um encontro realizado em 2000 na tentativa de melhorar as relações.
Soldados
da Coreia do Sul vigiam barricadas montada no caminho para o complexo
industrial de Kaesong nesta sexta-feira (26). A Coreia do Sul vai
retirar todos os seus trabalhadores remanescentes das fábricas (Foto:
Jung Yeon-Je/AFP)
As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra sob uma mera trégua
que encerrou as hostilidades no conflito de 1950-1953, e a Coreia do
Norte, com raiva das sanções aplicadas pela ONU e dos exercícios
militares conjuntos da Coreia do Sul e dos EUA, ameaçou ambos os países com ataques nucleares nas últimas semanas.O Norte retirou seus 53 mil trabalhadores do complexo este mês em meio ao aumento da tensão em entre as duas Coreias. O Norte tem impedido a entrada dos trabalhadores sul-coreanos e de suprimentos no local desde 3 de abril.
A empobrecida Coreia do Norte rejeitou uma proposta de conversações, dizendo que o Sul tem atuado de forma "imperdoável" para comprometer um legado "precioso" para buscar a paz.
O projeto Kaesong, inaugurado em 2004, abriga 123 empresas sul-coreanas produzindo vestuário, bens domésticos e capacetes de motocicleta, empregando trabalhadores locais.
A zona era uma lucrativa fonte de receita para o Norte, dando-lhe quase 90 milhões dólares por ano. As fábricas sul-coreanas pagavam cerca de 130 dólares por mês ao governo da Coreia do Norte por cada trabalhador.
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