Especialista alerta para “corrida contra o tempo” para salvar os lábios
Febre
entre homens e mulheres, o preenchimento labial é um dos procedimentos
estéticos com mais casos de intercorrências. A insatisfação com o
resultado estético é a campeã de reclamações. Mas, também há casos mais
graves, como a obstrução vascular.
“A
obstrução vascular é quando o ácido hialurônico é injetado no vaso e
acaba obstruindo a passagem de sangue nesse vaso. E, consequentemente,
ali naquela área, pela falta de ligação sanguínea, o tecido começa a
entrar em morte, levando o paciente a uma necrose naquela área”, explica
a Dra. Isrraela Macena, especialista em harmonização facial.
De
acordo com a profissional, em casos de obstrução vascular, é necessário
correr contra o tempo para não haver consequências mais graves. “Existe
um tempo hábil para que esses problemas de obstrução sejam realizados
para evitar uma maior repercussão na área. E aí que entra a questão da
hialuronidase (enzima capaz de hidrolisar o ácido hialurônico). A
hialuronidase só funciona quando o produto injetado é o ácido
hialurônico. Se for outro produto permanente, ela não tem nenhum tipo de
resposta e nem gera nenhum tipo de ação”, adianta a especialista.
A
hialuronidase é usada para remover o ácido hialurônico. Contudo, é
muito importante um acompanhamento após o uso desta enzima, pois a
substância deixa os pacientes sucessíveis a reações alérgicas, causando
pânico com inchaços excessivos. “Em algumas pessoas ela acaba trazendo
essa sensibilidade, levando a um processo alérgico, que na área a gente
chama de angioedema. O paciente fica muito assustado, e é por isso que é
importante que ele esteja informado, durante a remoção com o uso dessa
enzima, que existe a possibilidade dessa reação alérgica. É natural que o
paciente seja medicado antes da aplicação da hialuronidase, mas ainda
assim existem casos que quando o paciente ainda é medicado, acaba
fazendo, ainda assim, esse angioedema”, diz Isrraela Massena.
Em
caso de reação alérgica à hialuronidase, o tratamento é feito com o uso
de corticoide e antialérgico, para controlar o inchaço extremo.
“Normalmente, dentro de quatro a oito horas, às vezes até no dia
seguinte, o paciente acorda como se nada tivesse acontecido, porque a
medicação começa a agir no organismo dele desinchando. A hialuronidase
pode, sim, apresentar essa reação alérgica, mas existem medicamentos que
podem ser administrados. E, claro, o paciente precisa ser bem orientado
e o profissional precisa evitar o máximo de edema possível para que o
lábio não sofra danos maiores, como por exemplo precisar de remoção do
mesmo, em casos mais extremos.
Entretanto,
de acordo com a especialista, não é preciso desistir de vez do
preenchimento labial após intercorrências mais graves. Depois da remoção
do produto, através da hialuronidase, é possível se submeter novamente a
este procedimento. “Depois que aplicamos a hialuronidase e revertemos o
quadro, o paciente pode, sim, passar por um novo procedimento, agora da
forma correta, dentro do período de quatro a dez dias. Isso vai
depender muito do grau de inchaço do paciente, levando em consideração
que existem pessoas que incham muito mais, outras muito menos e outras
que não têm nenhum tipo de reação ao inchaço”, conclui Isrraela Massena.
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