MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 23 de junho de 2024

Hospital Icaraí realiza no Brasil primeira cirurgia de fibrilação atrial com ablação por campo pulsado (PFA)

 


Técnica amplamente difundida no exterior permite o manejo da arritmia cardíaca de forma mais segura e precisa


No dia 18 de junho, equipe de Cardiologia do Hospital Icaraí, através do setor de arritmia realiza a primeira cirurgia de fibrilação atrial com ablação por campo pulsado (PFA), procedimento inovador no tratamento da fibrilação atrial que já vem sendo amplamente utilizado na Europa e nos Estados Unidos com enorme eficiência e aceitação.


“A novidade nesse procedimento será a utilização da ablação por campo pulsado (PFA), uma nova tecnologia que será aplicada no tratamento por ablação da fibrilação atrial. Trata-se de uma nova forma de energia capaz de gerar lesão da célula responsável pela fibrilação atrial”, explica Dr. Claudio Munhoz, cardiologista do Hospital Icaraí e um dos responsáveis pela cirurgia.


O procedimento será realizado pela primeira vez no Brasil, no Hospital Icaraí, com equipe de arritmia composta pelos cardiologistas do próprio hospital, Dr. Claudio Munhoz e Dr. Nilson Araujo.


“Hoje, nós temos a oportunidade de trazer essa tecnologia para a nossa unidade, fazendo com que o Hospital Icaraí tenha uma posição de destaque no cenário nacional no lançamento de novas tecnologias para o manejo de arritmias cardíacas”, afirma.


Segundo Dr. Claudio, a fibrilação atrial é uma arritmia bastante comum no dia a dia da Cardiologia e traz uma série de problemas para o paciente, principalmente sintomas como palpitação, falta de ar, desconforto no peito. Além disso um dos grandes problemas da fibrilação é o fato da doença ser um importante fator de risco para o acidente vascular cerebral (AVC).


Munhoz explica que, para evitar as complicações que vêm da fibrilação atrial e do AVC, é necessário que seja feito seu tratamento através do uso de medicações antiarrítmicas e anticoagulantes, bem como o controle de fatores de risco com hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca.


“Muitos desses pacientes não respondem a essas medicações antiarrítmicas ou têm efeitos colaterais. Nessas situações, lançamos mão da ablação, que é um procedimento realizado por um eletrofisiologista e em que, através de um catéter introduzido no corpo pela veia femoral, consegue-se atingir o átrio esquerdo a fim de cauterizá-lo e promover o tratamento da fibrilação”, explica.


O cardiologista complementa que a ablação é um procedimento feito há mais de 20 anos no Brasil e com uma ótima taxa de sucesso. Hoje são utilizadas duas tecnologias nesse procedimento: a radiofrequência e a crioenergia. Em ambas tecnologias, é feita uma lesão na célula cardíaca do paciente, ou por calor ou por frio. Desta forma consegue-se eliminar as células do coração causadoras da fibrilação atrial.


“Diferentemente da radiofrequência e da crioenergia, que são as tecnologias usadas habitualmente, a ablação por campo pulsado não é térmica e, tem uma seletividade pelas células do coração. Por esta razão a PFA é uma forma de energia que não lesa outras estruturas próximas ao coração, como, por exemplo, o esôfago”, explica o especialista.


Munhoz lembra que, ao fazer a ablação por radiofrequência, é preciso tomar muito cuidado com estruturas adjacentes ao coração e, no caso da crioenergia, pode-se danificar o nervo frênico, que é uma estrutura que passa próximo ao coração.


“A ablação por campo pulsado tem uma seletividade pelo músculo do coração e esse procedimento não lesa nem nervo e nem musculatura lisa, no caso do esôfago. Em suma, esse procedimento inovador traz mais segurança na ablação se comparado a outros procedimentos já utilizados. E ademais, essa técnica tem a mesma eficácia das outras energias e o procedimento é mais rápido e seguro”, finaliza.




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