Em reunião com gestores do Rio Grande do Sul, CNM fecha lista com prioridades e marca mobilização para julho |
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Os
prejuízos dos Municípios do Rio Grande do Sul afetados pela pior
enchente da história, as medidas anunciadas pelo governo e as ações a
serem priorizadas foram apresentadas pelo presidente da Confederação
Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, durante reunião em
Lajeado (RS), nesta sexta-feira, 7 de junho. Os gestores definiram dez medidas emergenciais e estruturantes
que envolvem ações da Confederação e atuação forte do movimento junto
ao Legislativo e ao Executivo federal, além de marcarem uma mobilização de prefeitos gaúchos em Brasília no início do mês de julho. |
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iniciar a reunião, Ziulkoski apresentou um diagnóstico da situação
atual dos Municípios do Estado, e alertou para os prejuízos causados
pelas chuvas de 2013 a 2023. Foram 2.709 decretos de anormalidade no
Estado, sem considerar os mais de 620 decretos de emergência ou
calamidade reconhecidos este ano. Ele pontuou que os prejuízos
financeiros dos desastres da chuva em 11 anos foi de R$ 33 bilhões e, em
2024, já está em R$ 11 bilhões.
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De
acordo com apresentação de Ziulkoski, dos 476 Municípios gaúchos
afetados pela tempestade deste ano, 189 enviaram informações por meio do
sistema federal do Ministério da Integração e do Desenvolvimento
Regional (MIDR). “A situação é muito grave e os números ainda estão
sendo atualizados. Para reconstrução, zero centavos foi pago, até agora.
Faz um mês e meio que ocorreu o desastre. Uma coisa é a promessa, outra
é quando se puxa no orçamento o que foi repassado efetivamente”,
lamentou.
Como
exemplo, citou os prejuízos enfrentados pelos Municípios gaúchos em
setembro de 2023. "Do ciclone de setembro do ano passado, o governo
prometeu R$ 740 milhões e só pagou R$ 82 milhões, 11%", destacou. Com o
apoio da equipe técnica da CNM, Ziulkoski mostrou que o governo destinou
especificamente às prefeituras gaúchas, desde o início das chuvas, R$
439 milhões, englobando pouco mais de 200 Municípios. No Rio Grande do
Sul, os prejuízos na habitação foi de R$ 4,6 bilhões.
Pesquisa
da entidade mencionada pelo presidente da CNM aponta que 68% dos Entes
municipais não receberam recursos da União ou do Estado para ações de
prevenção. Além disso, o estudo mostrou que apenas 2 em cada 10
Municípios se consideram preparados para enfrentar anormalidades Mais
2,5 mil não têm estrutura de Defesa Civil. “Prevenção é zero. Tem um
fundo de 1969 e circulou zero de recursos”, reclamou. | |
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Desafios O
senador gaúcho Carlos Heinze (RS), que está licenciado por motivo de
saúde, marcou presença no encontro. Ele colocou o gabinete do suplente, o
ex-prefeito de Tapera, Ireneu Orth (PP), à disposição, parabenizou a
atuação da Confederação e alertou que a arrecadação nacional será
impactada por conta do desastre que afetou 95% dos Municípios do Estado.
“As pautas que a CNM está levantando são muito importantes para nosso
Estado e principalmente para esse momento de reconstrução.
Principalmente na recomposição dos recursos como o FPE e FPM, nesse
momento é importante buscar a recomposição de recursos e a CNM é
especialista nesse assunto. Então mantenham a união para a recondução do
nosso Estado do Rio Grande do Sul”, disse.
O
presidente da Federação das Associações dos Municípios dos Rio Grande
do Sul (Famurs), Marcelo Soares, e diversos presidentes de entidades
microrregionais e prefeitos participaram da reunião e propuseram medidas
a serem adotadas com urgência. O auditório de 400 lugares estava
lotado, e Soares manifestou o desejo de unir forças com a entidade
nacional em busca de soluções. Os gestores presentes defenderam o
trabalho em conjunto e enalteceram a iniciativa de defesa dos Entes
municipais, além de comentarem a situação de suas localidades, pedindo
uma ação mais forte e efetiva em Brasília. |
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Assessoria de Comunicação
imprensa@cnm.org.br
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